(Hb 3,7-14; Sl 94[95]; Mc 1,40-45)
1ª Semana do Tempo Comum.
“Cuidai, irmãos, que
não se ache em algum de vós um coração transviado pela incredulidade,
levando-o a
afastar-se do Deus vivo” Hb 3,12.
“Sempre somos
convidados por Deus, nas Escrituras, um autoexame. Por que isto? Porque quem se
examina a si mesmo tem tendência a se manter humilde, por isso devemos ‘olhar’
para os nossos corações. Mas o que é humildade? Humildade não é sofrimento, não
é pobreza, não é complexo de inferioridade, não é autocomiseração. Existem
pessoas profundamente orgulhosas que sofrem, são pobres, complexadas e cheias
de autopiedade. Humildade significa saber exatamente qual é o seu lugar no
universo. Saber que você tem virtudes e problemas, que é muito bom em certas coisas
e não leva muito jeito para outras. Se Bach se dissesse um grande compositor,
ele estaria sendo humilde, porque isso é verdade. Logo, humildade é ser
verdadeiro consigo mesmo, assumindo, nem mais e nem menos, do que se é. Até
porque, se hoje você não está como deseja, você pode, à luz de bons exemplos e
de bons ensinamentos, evoluir, prosperar e alcançar os seus objetivos.
‘Impossível’ é apenas o nome de uma desculpa de quem desistiu. Você pode mudar
sua vida, você pode melhorar. Você possui a imagem e semelhança de Deus, mesmo
que ainda não esteja expressando-a devidamente. Assim sendo, afasta-se de Deus
quem tem um coração mau e incrédulo. Se Deus já disse que somos a sua imagem,
duvidar disto, através de uma prática de vida digna, é afastar-se do Criador. É
sobre isto que nos fala a Carta aos Hebreus. Portanto, é nosso dever o
autoexame constante, buscando ser humildes, isto é, reconhecer quem somos no
mundo de Deus, e usar tudo o que Ele nos deu para o bem: nosso, do próximo e
para maior glória do Senhor. – Deus, ensina-nos a sermos
verdadeiramente humildes, para que te glorifiquemos e façamos maior bem a nós
mesmos e aos nossos irmãos e irmãs. Amém” (Sandro Bussinger Sampaio – Meditações
para o dia a dia [2015] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite