(1Cor 9,16-19.22-27; Sl 83[84]; Lc 6,39-42)
23ª Semana do Tempo Comum.
“Pregar o evangelho
não é, para mim, motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma
imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho!” 1Cor 9,16.
“Paulo revela-nos o
que significa para ele ser Apóstolo. A origem do seu ministério não é fruto de
uma decisão humana, mas é a consequência de ter sido conquistado por uma força
maior. Agora ele não pode deixar de comunicar aos outros a sua experiência do
encontro com Jesus; pregar o Evangelho é para ele uma necessidade à qual não
pode furtar-se, é uma condição para ser salvo, para participar na promessa de
vida contida no Evangelho. Paulo não é alguém que propõe uma doutrina com as
suas habilidades oratórias, pelas quais pode pedir um salário. Pelo contrário,
é como um escravo que pertence ao seu dono e que por isso deve trabalhar
gratuitamente. Ao mesmo tempo, a sua resposta ao chamamento de Jesus não o
privou da liberdade: não se sente impelido por nenhuma constrição externa,
porque a sua condição de Apóstolo deriva do amor que o Ressuscitado lhe concedeu.
O amor de Cristo é a força que lhe permite colocar a sua liberdade ao serviço
de todos. A liberdade cristã nasce do amor e exerce-se no amor; o amor, por sua
vez, realiza-se no dom, no serviço que prolonga o de Jesus” (Giuseppe
Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] –
Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite