Sexta, 11 de setembro de 2020

(1Cor 9,16-19.22-27; Sl 83[84]; Lc 6,39-42) 

23ª Semana do Tempo Comum.

“Pregar o evangelho não é, para mim, motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho!” 1Cor 9,16.

“Paulo revela-nos o que significa para ele ser Apóstolo. A origem do seu ministério não é fruto de uma decisão humana, mas é a consequência de ter sido conquistado por uma força maior. Agora ele não pode deixar de comunicar aos outros a sua experiência do encontro com Jesus; pregar o Evangelho é para ele uma necessidade à qual não pode furtar-se, é uma condição para ser salvo, para participar na promessa de vida contida no Evangelho. Paulo não é alguém que propõe uma doutrina com as suas habilidades oratórias, pelas quais pode pedir um salário. Pelo contrário, é como um escravo que pertence ao seu dono e que por isso deve trabalhar gratuitamente. Ao mesmo tempo, a sua resposta ao chamamento de Jesus não o privou da liberdade: não se sente impelido por nenhuma constrição externa, porque a sua condição de Apóstolo deriva do amor que o Ressuscitado lhe concedeu. O amor de Cristo é a força que lhe permite colocar a sua liberdade ao serviço de todos. A liberdade cristã nasce do amor e exerce-se no amor; o amor, por sua vez, realiza-se no dom, no serviço que prolonga o de Jesus” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).     

Pe. João Bosco Vieira Leite