Quinta, 10 de setembro de 2020

(1Cor 8,1-7.11-13; Sl 138[139]; Lc 6,27-38) 

23ª Semana do Tempo Comum.

“A vós que me escutais, eu digo: amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam” Lc 6,27.

“O ápice do testemunho cristão acontece no amor aos inimigos, que atinge as raias do heroísmo. Esta é a pedra de tropeço de muitos discípulos que consideram absurda uma tal exigência. Por que Jesus não omitiu de sua pregação este elemento? Seria possível considerar o amor aos inimigos como um componente opcional de sua doutrina? O Mestre buscou aproximar, o máximo possível, o modo de agir dos discípulos com o modo de ser de Deus. Portanto, eles devem amar os inimigos, porque é assim que o Pai age em relação à humanidade que constantemente o ofende pelo pecado. Ele, no entanto, sempre está pronto a refazer os laços de amizade. A misericórdia do Pai deve pautar a ação dos discípulos de Jesus. Sem isto, os discípulos em nada se diferenciam dos pagãos. Estes gostam apenas daqueles que lhe fazem o bem, e estão sempre prontos a revidar a ofensa recebida, até o ponto de destruir a vida de quem os ofendeu. Os discípulos do Reino devem agir de maneira diferente. Não sendo passivos, nem agindo por medo, mas sim com plena consciência e liberdade. Eles sabem que, agindo assim, estarão dando testemunho do amor característico do Reino, e quebrando a espiral de violência que arruína o projeto de Deus para a humanidade. O amor heroico tem, portanto, uma vertente missionária. Tem a força de converter para o Reino e para o amor pessoas de boa vontade, em busca dos caminhos de Deus. – Pai, predispõe-me a amar meus inimigos e perseguidores. Só assim estarei dando testemunho do amor que devotas a cada ser humano (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite