(1Cor 5,1-8; Sl 5; Lc 6,6-11)
23ª Semana do Tempo Comum.
“Então Jesus olhou
para todos os que estavam ao seu redor e disse ao homem: ‘Estende a mão’.
O homem assim o fez e
sua mão ficou curada” Lc 6,10.
“A narração da cura
do homem com a mão direita seca está carregada de simbolismos. A mão simboliza
a capacidade humana de agir. A direita liga-se à capacidade de fazer o bem.
Então, estar com a mão direita seca significa a impossibilidade de praticá-lo. Era
a condição daquele homem. O homem estava na sinagoga em dia de sábado. É o
ambiente onde a lei tem primazia, onde se ouve a Palavra de Deus e reúnem-se os
fiéis para louvar a Deus. Logo, um lugar sagrado. Também o tempo era sagrado:
sábado. Tempo de imitar Deus, que descansou ao concluir a criação. Portanto,
tempo de ser como Deus. Todo este contexto de sacralidade foi insuficiente para
dispor aquele homem a fazer o bem. A religião torna-se estéril, sem o poder de
mover as pessoas a superarem o egoísmo, predispondo-as para a misericórdia e a
solidariedade. A intervenção de Jesus teve o efeito de abrir para o homem com a
mão paralisada uma nova perspectiva de vida. Agora, sim, voltada para Deus,
porque dirigida ao irmão necessitado, a quem podia fazer o bem. –
Pai, cura-me a paralisia que me impede de fazer o bem e ser solidário com o um
próximo carente de misericórdia” (Jaldemir Vitório – Dia a
dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite