Segunda, 07 de setembro de 2020

(1Cor 5,1-8; Sl 5; Lc 6,6-11) 

23ª Semana do Tempo Comum.

“Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor e disse ao homem: ‘Estende a mão’.

O homem assim o fez e sua mão ficou curada” Lc 6,10.

“A narração da cura do homem com a mão direita seca está carregada de simbolismos. A mão simboliza a capacidade humana de agir. A direita liga-se à capacidade de fazer o bem. Então, estar com a mão direita seca significa a impossibilidade de praticá-lo. Era a condição daquele homem. O homem estava na sinagoga em dia de sábado. É o ambiente onde a lei tem primazia, onde se ouve a Palavra de Deus e reúnem-se os fiéis para louvar a Deus. Logo, um lugar sagrado. Também o tempo era sagrado: sábado. Tempo de imitar Deus, que descansou ao concluir a criação. Portanto, tempo de ser como Deus. Todo este contexto de sacralidade foi insuficiente para dispor aquele homem a fazer o bem. A religião torna-se estéril, sem o poder de mover as pessoas a superarem o egoísmo, predispondo-as para a misericórdia e a solidariedade. A intervenção de Jesus teve o efeito de abrir para o homem com a mão paralisada uma nova perspectiva de vida. Agora, sim, voltada para Deus, porque dirigida ao irmão necessitado, a quem podia fazer o bem.  – Pai, cura-me a paralisia que me impede de fazer o bem e ser solidário com o um próximo carente de misericórdia (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite