Sábado, 19 de setembro de 2020

(1Cor 15,35-37.42-49; Sl 55[56]; Lc 8,4-15) 

24ª Semana do Tempo Comum.

“A parábola quer dizer o seguinte: a semente é a Palavra de Deus” Lc 8,11.

“Um dia Jesus contou essa parábola, comparando o anúncio do Reino com o trabalho da semeadura (Lc 8,4-15). E, em outra ocasião, deixou bem claro que o Reino de Deus será uma realidade na medida em que seu anúncio for acolhido por pessoas sedentas da justiça de Deus (Mt 6,33). O anúncio do Reino sempre gera vida e produz muitos frutos na caminhada das comunidades e dos fiéis que o acolhem generosamente (Is 55,11). Os frutos podem até diferir de comunidade para comunidade, de pessoa para pessoa, mas isso pouco importa – o importante é que as comunidades acolham a mensagem e trabalhem pelo fruto. Acolher a Palavra e trabalhar pelo fruto deve ser, portanto, nosso compromisso. Você, caro (a) leitor (a), faz isso ao dedicar um pouco do seu tempo à oração e à meditação. Existem, contudo, muitas outras formas de vivermos esse compromisso: a participação no culto junto de nossa comunidade, os momentos de oração junto de nossa família, o voluntariado em alguma instituição de caridade, a participação nos conselhos municipais em favor de uma sociedade mais justa, o trabalho realizado de forma competente e ética etc. Você, leitor (a), já experimentou uma dessas formas? Que bom! Deus o (a) abençoe. Na minha caminhada tenho encontrado centenas de pessoas que acolheram a mensagem do Reino, deixando-se transformar completamente por ela. São homens e mulheres que, embora tenham suas fragilidades, esforçam-se sobremaneira para que a vida dos outros, especialmente dos mais indefesos, seja mais abundante. Homens e mulheres que produzem muito fruto e transformam suas comunidades, tornando-as cheias de vida, de paz e de alegria. Agradeçamos a Deus por suas vidas e, sem medo, façamos também parte dessa turma boa e revolucionária. – Quero ser terra boa, para que a tua Palavra germine em mim e produza fruto bom. Vem, Senhor! Com a tua graça, torna fecundo este meu coração. Amém (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).

 

Santo do Dia:

São Januário, (S. Gennaro) bispo e mártir. Deve ter sofrido martírio no início do século IV, em Nápoles, junto com outros companheiros durante a perseguição de Deocleciano, condenado às feras no anfiteatro de Pozzuoli. Mas ele teria sido decapitado e não dado como alimento às feras. O fato mais pitoresco em torno desse mártir teve início em 432, na oportunidade da transladação de suas relíquias de Pozzuoli para Nápoles, uma senhora teria entregue ao bispo João duas ampolas contendo o sangue coagulado de são Januário. Como garantia da afirmação da mulher o sangue se liquefez diante dos olhos do bispo e de uma grande multidão de fiéis. Desde então o evento se repete em determinados dias. O prodígio, confirmado também pela ciência, é seguido por toda a população napolitana. A sincera devoção dos napolitanos para com o mártir, historicamente pouco identificável, fez com que a memória de são Januário, celebrada liturgicamente já desde 1586, fosse conservada no novo calendário. 

Pe. João Bosco Vieira Leite