(1Cor 15,35-37.42-49; Sl 55[56]; Lc 8,4-15)
24ª Semana do Tempo Comum.
“A parábola quer
dizer o seguinte: a semente é a Palavra de Deus” Lc 8,11.
“Um dia Jesus contou
essa parábola, comparando o anúncio do Reino com o trabalho da semeadura (Lc
8,4-15). E, em outra ocasião, deixou bem claro que o Reino de Deus será uma
realidade na medida em que seu anúncio for acolhido por pessoas sedentas da
justiça de Deus (Mt 6,33). O anúncio do Reino sempre gera vida e produz muitos
frutos na caminhada das comunidades e dos fiéis que o acolhem generosamente (Is
55,11). Os frutos podem até diferir de comunidade para comunidade, de pessoa
para pessoa, mas isso pouco importa – o importante é que as comunidades acolham
a mensagem e trabalhem pelo fruto. Acolher a Palavra e trabalhar pelo fruto
deve ser, portanto, nosso compromisso. Você, caro (a) leitor (a), faz isso ao
dedicar um pouco do seu tempo à oração e à meditação. Existem, contudo, muitas
outras formas de vivermos esse compromisso: a participação no culto junto de
nossa comunidade, os momentos de oração junto de nossa família, o voluntariado
em alguma instituição de caridade, a participação nos conselhos municipais em
favor de uma sociedade mais justa, o trabalho realizado de forma competente e
ética etc. Você, leitor (a), já experimentou uma dessas formas? Que bom! Deus o
(a) abençoe. Na minha caminhada tenho encontrado centenas de pessoas que
acolheram a mensagem do Reino, deixando-se transformar completamente por ela.
São homens e mulheres que, embora tenham suas fragilidades, esforçam-se
sobremaneira para que a vida dos outros, especialmente dos mais indefesos, seja
mais abundante. Homens e mulheres que produzem muito fruto e transformam suas
comunidades, tornando-as cheias de vida, de paz e de alegria. Agradeçamos a
Deus por suas vidas e, sem medo, façamos também parte dessa turma boa e
revolucionária. – Quero ser terra boa, para que a tua Palavra germine
em mim e produza fruto bom. Vem, Senhor! Com a tua graça, torna fecundo este
meu coração. Amém” (Marcos Daniel de Moraes Ramalho –
Meditações para o dia a dia [2017] – Vozes).
Santo do Dia:
São Januário, (S. Gennaro) bispo
e mártir. Deve ter sofrido martírio no início do século IV, em Nápoles, junto
com outros companheiros durante a perseguição de Deocleciano, condenado às
feras no anfiteatro de Pozzuoli. Mas ele teria sido decapitado e não dado como
alimento às feras. O fato mais pitoresco em torno desse mártir teve início em
432, na oportunidade da transladação de suas relíquias de Pozzuoli para
Nápoles, uma senhora teria entregue ao bispo João duas ampolas contendo o
sangue coagulado de são Januário. Como garantia da afirmação da mulher o sangue
se liquefez diante dos olhos do bispo e de uma grande multidão de fiéis. Desde
então o evento se repete em determinados dias. O prodígio, confirmado também
pela ciência, é seguido por toda a população napolitana. A sincera devoção dos
napolitanos para com o mártir, historicamente pouco identificável, fez com que
a memória de são Januário, celebrada liturgicamente já desde 1586, fosse conservada
no novo calendário.
Pe. João Bosco Vieira Leite