Sexta, 04 de setembro de 2020

(1Cor 4,1-5; Sl 36[37]; Lc 5,33-39) 

22ª Semana do Tempo Comum.

“Quanto a mim, pouco me importa ser julgado por vós ou por algum tribunal humano.

Nem eu me julgo a mim mesmo” 1Cor 4,3.

“Faz parte da vida humana ter grande consideração pela opinião alheia, julgando-a por vezes mais importante que a opinião própria. Avaliar as situações e julgar os acontecimentos é uma tarefa sem fim e exige uma inteligência sempre vigilante e treinada em distinguir o bom do melhor. No entanto, perante o mistério que cada pessoa é, não são admitidos juízos do género, porque julgar as pessoas é tarefa divina, sendo cada homem feito à imagem e semelhança do próprio Deus. O Apóstolo Paulo defende, por isso, o direito do Senhor em julgar a todos e a cada um no seu íntimo, impedindo qualquer tentativa errada do homem de se arrogar juiz dos outros. Se alguma coisa devemos pensar dos outros, devemos fazê-lo em relação a Cristo, que chamou todos a segui-l’O, cada um com uma missão específica. Por isso o ministro de Cristo deve ser considerado como um enviado pelo próprio Cristo: este é o critério que se deve ter presente quando se expressam opiniões sobre ele” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

 

Santo do Dia:

Santa Rosália, virgem. Da padroeira de Palermo não temos muitos dados biográficos. Ela desfruta de grande devoção também na Sicília ao lado das mártires Águeda de Catânia e Lúcia de Siracusa. As tradições orais falavam de Rosália, nascida em Palermo, que viveu por alguns anos na corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília (1154-1156). Obtido como presente da rainha o monte Pellegrino, Rosália estabeleceu aí sua morada, ou melhor, escolheu-o como lugar de retiro, pela áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos, inclinados sobre o mar azul. Levou uma vida de penitência, sendo enterrada nesse local, provavelmente depois de haver procurado outros lugares ainda mais escondidos das distrações do mundo, seguindo o exemplo de antigos anacoretas.      

   Pe. João Bosco Vieira Leite