(1Cor 4,1-5; Sl 36[37]; Lc 5,33-39)
22ª Semana do Tempo Comum.
“Quanto a mim, pouco
me importa ser julgado por vós ou por algum tribunal humano.
Nem eu me julgo a mim
mesmo” 1Cor 4,3.
“Faz parte da vida
humana ter grande consideração pela opinião alheia, julgando-a por vezes mais
importante que a opinião própria. Avaliar as situações e julgar os
acontecimentos é uma tarefa sem fim e exige uma inteligência sempre vigilante e
treinada em distinguir o bom do melhor. No entanto, perante o mistério que cada
pessoa é, não são admitidos juízos do género, porque julgar as pessoas é tarefa
divina, sendo cada homem feito à imagem e semelhança do próprio Deus. O
Apóstolo Paulo defende, por isso, o direito do Senhor em julgar a todos e a
cada um no seu íntimo, impedindo qualquer tentativa errada do homem de se
arrogar juiz dos outros. Se alguma coisa devemos pensar dos outros, devemos
fazê-lo em relação a Cristo, que chamou todos a segui-l’O, cada um com uma
missão específica. Por isso o ministro de Cristo deve ser considerado como um
enviado pelo próprio Cristo: este é o critério que se deve ter presente quando
se expressam opiniões sobre ele” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).
Santo do Dia:
Santa Rosália, virgem. Da
padroeira de Palermo não temos muitos dados biográficos. Ela desfruta de grande
devoção também na Sicília ao lado das mártires Águeda de Catânia e Lúcia de
Siracusa. As tradições orais falavam de Rosália, nascida em Palermo, que viveu
por alguns anos na corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da
Sicília (1154-1156). Obtido como presente da rainha o monte Pellegrino, Rosália
estabeleceu aí sua morada, ou melhor, escolheu-o como lugar de retiro, pela
áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos, inclinados sobre o mar
azul. Levou uma vida de penitência, sendo enterrada nesse local, provavelmente
depois de haver procurado outros lugares ainda mais escondidos das distrações
do mundo, seguindo o exemplo de antigos anacoretas.
Pe. João Bosco Vieira Leite