(At 6,8-15; Sl 118[119]; Jo 6,22-29)
3ª Semana da Páscoa.
“Esforçai-vos não
pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do
homem vos dará” Jo 6,27
“Na conversa com a
samaritana, Jesus havia falado da sede humana. Aqui ele fala da fome e do
alimento não perecível ‘que permanece para a vida eterna’ (6,27). Ele próprio é
esse alimento. ‘Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; aquele
que crê em mim jamais terá sede’ (6,35). A fé sacia a sede, a relação pessoal
com Jesus sacia a fome. Sede significa desejo de vida. A fome remete à sensação
de falta de comida, de não ter tido alimento suficiente na infância para se
saciar. Por isso, a fome é, em última análise, quase sempre fome de atenção, de
amor. Jesus se refere, em sua apresentação, à saída dos israelitas do Egito. No
deserto, os israelitas passaram repetidas vezes por épocas de fome. Clamavam a
Moisés, para que esse lhes desse pão. Deus lhes enviou, então, a chuva do Maná
que caiu do céu. O maná sempre foi visto como um alimento divino, como alimento
que nutre a alma, o interior do homem. Deus mesmo alimentou o povo no caminho
para a terra prometida, na qual poderemos ser totalmente nós mesmos, para que
não morramos de fome. A relação pessoal com Jesus nos fortalece no caminho
pelos desertos da vida” (Anselm Grun – Jesus: porta para a vida –
Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite