(At 12,24—13,5; Sl 66[67]; Jo 12,44-50)
4ª Semana da Páscoa.
“Que Deus nos dê a
sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! [...] Que as nações
vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e
nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra!” Sl
67,1.6.8
“É tentador para os
cristãos desenvolverem uma mentalidade de fortaleza. Vivemos e trabalhamos em
um mundo que parece atacar todos os valores que consideramos significativos: a
santidade do casamento, o chamado para viver de forma que honre a Deus, a importância
de uma sociedade marcada por justiça e compaixão. Às vezes, só queremos ficar
na defensiva e continuar com nossa panelinha santa. A expansão do Reino de Deus
nem mesmo está em nosso pensamento. Perdemos a paixão por ver outras culturas e
outras nações alcançadas pela mensagem de Jesus. O povo de Deus no antigo
Testamento teve a mesma tentação. Os israelitas começaram a pensar que toda a
atenção de Deus estava focada neles. Eles ficaram um pouco chocados quando
foram adorar e se viram cantando o salmo 67 no final do culto. Se eles
realmente ouviram, saíram do templo com uma perspectiva muito diferente:
‘Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te todos os povos’ (v. 3). Deus confiou a
mensagem de sua graça para uma família, uma nação, mas não queria que essas
pessoas mantivessem a mensagem só par si mesmas. A intenção de Deus era que
elas se espalhassem para falar ao mundo sobre o Deus verdadeiro. Que bom que
‘todos os povos’ sempre estiveram no coração de Deus, porque é onde eu me
encaixo! Usando a palavra hebraica, eu sou um goy, uma
parte dos povos (goyim) do mundo. Isso me abençoa, pois, mesmo no antigo
Testamento, quando Deus parecia estar focado apenas em Israel, ele tinha o
mundo inteiro em vista. A família cristã, a Igreja de Cristo, é uma mistura maravilhosa
de pessoas de todas as nações, culturas e línguas. Fomos enxertados no programa
de salvação de Deus pela fé e Jesus Cristo” (Douglas Connelly – Guia
Fácil para Entender os Salmos – Thomas Nelson).
Pe. João Bosco Vieira Leite