Terça, 26 de setembro de 2017

(Esd 6,7-8.12.14-20; Sl 121[122]; Lc 8,19-21) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Se se pretende descobrir o segredo da alma de Davi, é preciso ver cuidadosamente como funciona a harpa. Quanto mais vigorosamente são puxadas suas cordas, mais forte produz seu som, e melhor qualidade tem esse som. Do mesmo modo, quanto mais Deus tocava o coração de Davi, por meio do sofrimento e da aflição, mais forte e belos eram seus cantos. ‘Desperta, ó minha alma, que és minha glória: acordai, ó vós, harpas e cítaras, pois eu vou despertar a aurora!’ (Sl 57,9). A alma desperta e se estimula da maneira mais absoluta, do mesmo modo que a cítara e a harpa”. Ya’arot Devach in (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

Ainda no desdobramento do retorno do exílio e da reconstrução do Templo, o salmo 122 expressa a realidade dessa alegria com esse salmo de peregrinação (de uma série de quinze cânticos [salmos 120-134]): Sl 122 (vv. 1-5). Esse salmo é atribuído a Davi, mesmo não tendo sido ele o compositor, segue-se o seu estilo. Uma oração de bênção sobre a cidade onde estava o Templo. Os sentimentos descritos nos salmos refletem os sentimentos da cansada procissão de peregrinos que se aproxima de Jerusalém. “Eles haviam percorrido um longo caminho. Subir e descer as colinas da Judeia não era uma tarefa fácil. Mas, assim que fizeram uma curva, de repente eles vislumbraram os muros ou uma torre. Seus corações encheram-se de alegria ao ver a cidade de Davi. À medida que se aproximavam, os portões e os grandes pilares do templo do Senhor surgiam à vista. Foi nesse momento que os peregrinos começaram a cantar novamente, regozijando-se com a visão da casa do Senhor” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil). Que sentimentos lhe ocorrem ao se dirigir à sua comunidade de fé?


 Pe. João Bosco Vieira Leite