Quarta, 27 de setembro de 2017

(Esd 9,5-9; Sl [Tb 13]; Lc 9,1-6) 
25ª Semana do Tempo Comum.

“Toda a nossa vida presente deve ser vivida no louvor a Deus, porque o louvor consistirá a alegria sempiterna da vida futura; ninguém pode tornar-se idôneo da vida futura se não se exercitar agora nesse louvor. Agora louvamos a Deus, mas a ele também suplicamos. Nosso louvor compreende a alegria, a oração, o gemido. É que nos foi prometido algo que ainda não possuímos; e, como é real o que prometeu, nos alegremos pela esperança; mas, porque ainda não o possuímos, gememos pelo desejo. É uma boa coisa perseverar nesse desejo, até que chegue o prometido; então cessará o gemido e subsistirá unicamente o louvor” (Santo Agostinho – Enarrationes in Psalmos (Sl 148,1) – Paulus).

Nós já havíamos comentado que além dos salmos contido no saltério, temos outros salmos ou cantos de louvor espalhado na Sagrada Escritura. Estamos quase no fim do Livro de Tobias. Ao final da narrativa se revela aquele que Deus enviou para acompanhar e auxiliar Tobias em sua aventura. Rafael faz um convite ao louvor por todos os benefícios concedidos por Deus. É Tobit, pai de Tobias que eleva o seu cântico que ao início tem um caráter penitencial, pois reconhece o tempo do exílio como provação, mas reconhece Sua ação restauradora. “O desterro se torna ocasião para manifestar o nome do Senhor a um povo pagão. Tentado a fechar-se e a tomar seu Deus como monopólio ou privilégio, Israel é forçado a sair e a realizar seu destino de mediador religioso” (Bíblia do Peregrino – Paulus). 


 Pe. João Bosco Vieira Leite