(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9)
25ª Semana do Tempo Comum.
A fé de Israel é caracterizada por seu
personalismo: uma relação pessoal com Deus que trata como pessoas seus fiéis.
Uma relação interpessoal que não se rompe quando parece que a oração não é
ouvida: “Quando Deus não nos concede o que lhe pedimos, nós temos o
costume de fugir para uma ou outra direção: ou nos refugiamos no secularismo,
porque chegamos à conclusão de que a religião não funciona, e teremos de
enfrentar os problemas que nos atormentam com nosso próprio recursos terrenos,
ou então evoluímos para um pietismo que se desvincula da realidade e procura na
oração, ou na prática religiosa, certas emoções religiosas ou um relaxamento
das tensões, que sirvam para nos fazer esquecer, ao menos por algum tempo, as
dificuldades da vida. Em contrapartida, a piedade judaica – e do mesmo modo
deveria ser a cristã – não fecha os olhos diante do que acontece, e, se parece
que os acontecimentos não combinam com as promessas de Deus, ela faz lembrar a
Deus suas palavras e, ao mesmo tempo, mostra-lhe atrevidamente o que está
acontecendo” (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos –
Loyola).
O salmo 149,1-6a já ganhou um
comentário nessa nossa jornada (28 de agosto). Nosso salmo inicia com o convite
à comunidade para cantar um hino a Deus, Criador e Rei, pois sobre eles está a
complacência divina. Assim, cheios de respeito e humildade, retribuem ao Senhor
pela salvação concedida, elevando o seu cântico de louvor ao seu divino Doador.
Pe. João Bosco Vieira Leite