Quinta, 28 de setembro de 2017

(Ag 1,1-8; Sl 149; Lc 9,7-9) 
25ª Semana do Tempo Comum.

A fé de Israel é caracterizada por seu personalismo: uma relação pessoal com Deus que trata como pessoas seus fiéis. Uma relação interpessoal que não se rompe quando parece que a oração não é ouvida: “Quando Deus não nos concede o que lhe pedimos, nós temos o costume de fugir para uma ou outra direção: ou nos refugiamos no secularismo, porque chegamos à conclusão de que a religião não funciona, e teremos de enfrentar os problemas que nos atormentam com nosso próprio recursos terrenos, ou então evoluímos para um pietismo que se desvincula da realidade e procura na oração, ou na prática religiosa, certas emoções religiosas ou um relaxamento das tensões, que sirvam para nos fazer esquecer, ao menos por algum tempo, as dificuldades da vida. Em contrapartida, a piedade judaica – e do mesmo modo deveria ser a cristã – não fecha os olhos diante do que acontece, e, se parece que os acontecimentos não combinam com as promessas de Deus, ela faz lembrar a Deus suas palavras e, ao mesmo tempo, mostra-lhe atrevidamente o que está acontecendo” (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

O salmo 149,1-6a já ganhou um comentário nessa nossa jornada (28 de agosto). Nosso salmo inicia com o convite à comunidade para cantar um hino a Deus, Criador e Rei, pois sobre eles está a complacência divina. Assim, cheios de respeito e humildade, retribuem ao Senhor pela salvação concedida, elevando o seu cântico de louvor ao seu divino Doador.


 Pe. João Bosco Vieira Leite