(1Tm 3,14-16; Sl 110[111]; Lc 7,31-35)
24ª Semana do Tempo
Comum.
Essa apresentação que estamos fazendo
dos salmos é para ajudá-lo a dedicar-se à oração dos salmos de um modo vital,
partindo da realidade de que, embora existam muitos e bons comentários
exegéticos ao livro dos salmos, poucos servem para a orientação prática para
ensinar a orar com eles. Primeiro fazemos uma apresentação técnica para que se
tenha presente o gênero literário do mesmo, o modo como Israel o rezou e como
podemos rezá-lo. “O autor de um livro sobre a piedade dos salmos os
chamava de Mel da rocha, aplicando a eles uma enigmática expressão de
Deuteronômio 32,13. E com razão, porque os salmos têm a casca dura. A
princípio, entrar no mundo dos salmos é difícil mas, quando já fizemos o
esforço maior de romper a casca, poderemos saborear uma polpa doce como o mel,
e então os demais materiais para a oração parecerão superficiais e insípidos”
(Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).
O salmo 111 (vv. 1-6), no saltério,
abre-nos uma série de salmos de ‘Aleluia’ (111-118) que estão bem conectados
pela expressão ‘louvem o Senhor’ (no hebraico: Aleluia = Louvai). Em seu louvor
a Deus o salmo nos traz instruções para a vida. Ele é muito próximo do salmo
seguinte em seu conteúdo. “A obra de Deus pode ser um esplêndido pôr do
sol ou um arco-íris espetacular. Pode ser a restauração de uma amizade ou a
direção em uma decisão difícil. Pode ser perdão em seu próprio coração, a cura
de alguém que você ama ou conforto em meio à dor. Você está cercado pelas obras
de Deus. Você as vê? Aprenda a reconhecer a mão dele. Tenha prazer naquilo que
Deus faz. Louve-o por seu cuidado e amor” (Douglas Connelly - Guia
Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite