Quarta, 20 de setembro de 2017

(1Tm 3,14-16; Sl 110[111]; Lc 7,31-35) 
24ª Semana do Tempo Comum.

Essa apresentação que estamos fazendo dos salmos é para ajudá-lo a dedicar-se à oração dos salmos de um modo vital, partindo da realidade de que, embora existam muitos e bons comentários exegéticos ao livro dos salmos, poucos servem para a orientação prática para ensinar a orar com eles. Primeiro fazemos uma apresentação técnica para que se tenha presente o gênero literário do mesmo, o modo como Israel o rezou e como podemos rezá-lo. “O autor de um livro sobre a piedade dos salmos os chamava de Mel da rocha, aplicando a eles uma enigmática expressão de Deuteronômio 32,13. E com razão, porque os salmos têm a casca dura. A princípio, entrar no mundo dos salmos é difícil mas, quando já fizemos o esforço maior de romper a casca, poderemos saborear uma polpa doce como o mel, e então os demais materiais para a oração parecerão superficiais e insípidos”  (Hilar Raguer – Para Compreender os Salmos – Loyola).

O salmo 111 (vv. 1-6), no saltério, abre-nos uma série de salmos de ‘Aleluia’ (111-118) que estão bem conectados pela expressão ‘louvem o Senhor’ (no hebraico: Aleluia = Louvai). Em seu louvor a Deus o salmo nos traz instruções para a vida. Ele é muito próximo do salmo seguinte em seu conteúdo. “A obra de Deus pode ser um esplêndido pôr do sol ou um arco-íris espetacular. Pode ser a restauração de uma amizade ou a direção em uma decisão difícil. Pode ser perdão em seu próprio coração, a cura de alguém que você ama ou conforto em meio à dor. Você está cercado pelas obras de Deus. Você as vê? Aprenda a reconhecer a mão dele. Tenha prazer naquilo que Deus faz. Louve-o por seu cuidado e amor” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).


Pe. João Bosco Vieira Leite