(Cl 1,21-23; Sl 53[54]; Lc 6,1-5)
22ª Semana do Tempo Comum.
Os múltiplos pontos de ligação entre os
salmos e o culto da festa da Aliança das tribos de Israel levam-nos a concluir
que a maioria dos salmos é de origem pré-exílica (exílio da Babilônica). O
Saltério não contem alusões às leis rituais tardias, como seria de esperar na
hipótese de sua origem pós-exílica, se levarmos em conta a estreita relação dos
salmos com o culto ao Senhor. Apenas alguns poucos salmos incluem indicações
diretas sobre a situação do exílio ou do período após o exílio (p.e. Sl 74; 79;
137).
O salmo 54 (vv. 3-4.6.8) aparece aqui
de forma bastante seletiva em seus versículos, pois se trata de uma súplica
pela por livramento diante de uma traição sofrida por Davi (1Sm 23,19-29). Sua
oração chega a pedir o mal sobre os inimigos. “Bem pesado hein? Fico
imaginando se teríamos coragem ou confiança suficiente para fazer uma oração
como essa. Como você ora quando é atacado? O ataque pode vir de inimigos
invejosos ou de poderes espirituais do mal; mas seja qual for a fonte, eles
estão aí para destruí-lo. Temos confiança suficiente em Deus para pedir que ele
nos defenda? Que não somente nos livre do ataque, mas também resolva as coisas
de uma vez por todas? Temos coragem suficiente para pedir a Deus que ouça nosso
caso e traga sua justiça perfeita sobre os que nos atacam? Algumas situações
exigem que oremos com coragem” (Douglas Connelly - Guia Fácil
para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite