Sábado, 09 de setembro de 2017

(Cl 1,21-23; Sl 53[54]; Lc 6,1-5)
22ª Semana do Tempo Comum.

Os múltiplos pontos de ligação entre os salmos e o culto da festa da Aliança das tribos de Israel levam-nos a concluir que a maioria dos salmos é de origem pré-exílica (exílio da Babilônica). O Saltério não contem alusões às leis rituais tardias, como seria de esperar na hipótese de sua origem pós-exílica, se levarmos em conta a estreita relação dos salmos com o culto ao Senhor. Apenas alguns poucos salmos incluem indicações diretas sobre a situação do exílio ou do período após o exílio (p.e. Sl 74; 79; 137).

O salmo 54 (vv. 3-4.6.8) aparece aqui de forma bastante seletiva em seus versículos, pois se trata de uma súplica pela por livramento diante de uma traição sofrida por Davi (1Sm 23,19-29). Sua oração chega a pedir o mal sobre os inimigos. “Bem pesado hein? Fico imaginando se teríamos coragem ou confiança suficiente para fazer uma oração como essa. Como você ora quando é atacado? O ataque pode vir de inimigos invejosos ou de poderes espirituais do mal; mas seja qual for a fonte, eles estão aí para destruí-lo. Temos confiança suficiente em Deus para pedir que ele nos defenda? Que não somente nos livre do ataque, mas também resolva as coisas de uma vez por todas? Temos coragem suficiente para pedir a Deus que ouça nosso caso e traga sua justiça perfeita sobre os que nos atacam? Algumas situações exigem que oremos com coragem” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil). 

 Pe. João Bosco Vieira Leite