Sexta, 15 de setembro de 2017

(Hb 5,7-9; Sl 30[31]; Jo 19,25-27) 
Nossa Senhora da Dores.

Embora os salmos que chegaram a nós nesta coleção não expressem a vida religiosa do antigo Israel em toda a sua plenitude, pela sua ligação com a tradição de revelação divina da antiga Aliança, preservaram-nos toda a profundidade e vigor de uma fé continuamente vivificada nas orações do Saltério. Até hoje ainda não se extinguiu a fecunda eficácia de seus hinos, de suas orações e de sua edificação na vida de fé da comunidade e do indivíduo.

Com o salmo 31 (vv. 2-6.15-16.20) a Igreja reza nesse dia em comunhão com as dores da Virgem Maria que por sua vez comunga das dores do Filho. O salmo atribuído a Davi expressa os sentimentos de quem se sente abandonado e clama por ajuda em meio a confiança que expressa na intervenção divina. Este salmo foi rezado por Jesus na hora de sua morte (cf. Lc 23,46), expressando a sua total confiança no Pai. “Davi, Jeremias e inúmeras outras pessoas se sentiram presas em uma situação sem esperança, sem ninguém a recorrer a não ser ao Senhor. Se é assim que você se sente ao ler isto, então, o salmo 31 é o seu salmo. Se você acha que ninguém pode ajudar a não ser o Senhor, veio à Pessoa certa, porque o Senhor é um especialista em situações impossíveis. Refugie-se no Senhor. E, quando ele o livrar ou quando o cerco à sua vida terminar, louve-o por seu amor fiel” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil). 


Pe. João Bosco Vieira Leite