(1Ts 5,1-6.9-11; Sl 26[27]; Lc 4,31-37)
22ª Semana do Tempo Comum.
Ainda falando sobre os salmos de ação
de graças, a relação destes com a lamentação pode ser observada principalmente
nos salmos de ação de graças individuais. Nas lamentações não só se promete um
cântico de ação de graças caso a oração seja atendida, mas frequentemente
lamentação e ação de graças se fundem em único salmo (Sl 6; 13; 22; 28; 30; 31;
41; 54; 55; 56; 61; 63; 64; 69; 71; 86; 94; 102; 120, 130; cf. Jr 20,7-13).
Nesses casos a lamentação ocupa o lugar da ‘narração’ da tribulação do
suplicante, à qual se segue o atendimento do pedido. Esta narração de sorte
pessoal constitui a parte principal, característica da ação de graças, e tem o
sentido de inserir o testemunho da experiência de salvação do indivíduo na apresentação
da salvação geral de toda a comunidade (p. ex. Sl 66; 77), à qual a narração
geralmente é dirigida. Hoje temos o salmo 27 (vv. 1.4.13-14), bastante
expressivo e inspirador de cantos e orações para a nossa oração pessoa e
litúrgica. Atribuído a Davi, este salmo expressa a confiança no Senhor. “Para
onde você se volta quando o mundo começa a desmoronar e o medo levanta a cara
feia em seu coração? Para que ou quem você corre de imediato? Medicamentos?
Bebida forte? Seu cônjuge? Um amigo? O Senhor é seu primeiro pensamento ou
último recurso? Estresse e medo são como as luzes de advertência no painel do
carro. Eles fazem você se lembrar de recorrer ao Senhor” (Douglas
Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson
Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite