Terça, 05 de setembro de 2017

(1Ts 5,1-6.9-11; Sl 26[27]; Lc 4,31-37) 
22ª Semana do Tempo Comum.

Ainda falando sobre os salmos de ação de graças, a relação destes com a lamentação pode ser observada principalmente nos salmos de ação de graças individuais. Nas lamentações não só se promete um cântico de ação de graças caso a oração seja atendida, mas frequentemente lamentação e ação de graças se fundem em único salmo (Sl 6; 13; 22; 28; 30; 31; 41; 54; 55; 56; 61; 63; 64; 69; 71; 86; 94; 102; 120, 130; cf. Jr 20,7-13). Nesses casos a lamentação ocupa o lugar da ‘narração’ da tribulação do suplicante, à qual se segue o atendimento do pedido. Esta narração de sorte pessoal constitui a parte principal, característica da ação de graças, e tem o sentido de inserir o testemunho da experiência de salvação do indivíduo na apresentação da salvação geral de toda a comunidade (p. ex. Sl 66; 77), à qual a narração geralmente é dirigida. Hoje temos o salmo 27 (vv. 1.4.13-14), bastante expressivo e inspirador de cantos e orações para a nossa oração pessoa e litúrgica. Atribuído a Davi, este salmo expressa a confiança no Senhor. “Para onde você se volta quando o mundo começa a desmoronar e o medo levanta a cara feia em seu coração? Para que ou quem você corre de imediato? Medicamentos? Bebida forte? Seu cônjuge? Um amigo? O Senhor é seu primeiro pensamento ou último recurso? Estresse e medo são como as luzes de advertência no painel do carro. Eles fazem você se lembrar de recorrer ao Senhor” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil).  


Pe. João Bosco Vieira Leite