Sábado, 02 de setembro de 2017

(1Ts 4,9-11; Sl 97[98]; Mt 25,14-30) 
21ª Semana do Tempo Comum.

A inserção da experiência pessoal da salvação, expressa nos salmos de lamentação e ação de graças, na tradição de salvação da comunidade geral e o costume de apresentar essas orações como ofertas votivas no culto da festa, deu motivo para sua redação por escrito. Isso aparece claramente no salmo 102,19: ‘Isto será escrito para a geração futura, e o povo recriado louvará a Deus!’. A conservação da tradição salvífica enriquecida com múltiplas experiências pessoais era do interesse tanto do orante como de toda a comunidade e seus sacerdotes. Este fato é importante no sentido em que desta maneira a tradição cúltica e a fé pessoal, a piedade da comunidade e a experiência religiosa do indivíduo se apoiam e se fecundam mutuamente nos salmos.

A vivência da comunidade de Tessalônica tenta levar uma vida de retidão diante de Deus, o justo juiz, por isso o salmo que segue, 98 (vv. 1.7-9), ressalta o poder de Deus e a sua justiça. Também desconhecido o seu autor e vem na esteira do salmo anterior no reconhecimento de Deus como Rei e seu louvor. “O salmo se desenvolve por meio de três círculos cada vez maiores. Essa  onda de louvor começa com o povo de Israel adorando em Jerusalém (vv 1-3). A partir desse centro, toda a terra, toda a humanidade, entoa o cântico  (vv. 4-6). Por fim, todas as coisas criadas unem-se ao cântico (vv. 7-9). Montanhas, rios, mares, aves, rochas e peixes – tudo irrompe em louvor ao Rei soberano que reina em majestade sobre tudo. Desejo que a mesma alegria invada nosso coração em adoração de vez em quando. O que aconteceria em nossa vida ou em nossa igreja se estivéssemos tão comovidos com admiração e adoração pela grandeza de Deus que um grito de alegria irromsse de nosso lábios ou um novo cântico de louvor explodisse espontanemanete a Deus?” (Douglas Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson Brasil). 

Pe. João Bosco Vieira Leite