(Esd 1,1-6; Sl 125[126]; Lc 8,16-18)
25ª Semana do Tempo
Comum.
“Os salmos são a palavra de Deus; palavra
que diz enquanto um homem, arrebatado por ele, diz sua palavra humana.
Portanto, eles são revelações que levam à salvação. Mas isto em forma
particular, ou seja, a da oração. Não procedem da experiência de um espírito
humano – por exemplo, de um profeta – que teria conhecido a verdade divina e
dito: ‘Assim fala Javé’, mas da emoção de um homem que se dirige a Deus em
oração. É deste modo que os salmos devem ser propriamente interpretados; não
pela leitura, pela consideração, pelo estudo, mas deixando-se levar por eles
até Deus em seu movimento” (Romano Guardini – Los Salmos –
Cristiandad, Madri).
O salmo 126 (na íntegra) funciona como
uma espécie de reflexo dos sentimentos de Israel quando são convidados a
retornarem à sua terra e reconstruir o Templo. Há uma mistura de alegria e
tristeza; risos e lágrimas. “Algumas bênçãos Deus envia inesperadamente
(vv. 1-3), outras vêm ao longo do tempo (v. 4), e outras ainda vêm enquanto
semeamos com paciência e choramos (Tiago 5,7). Mas a promessa é certa: ‘No
tempo próprio colheremos, se não desanimarmos’ (Gálatas 6,9)” (Douglas
Connelly - Guia Fácil para entender Salmos - Thomas Nelson
Brasil).
Pe. João Bosco Vieira Leite