(Ap 14,14-19; Sl 95[96]; Lc 21,5-11) 34ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus respondeu: ‘Cuidado para não
serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo:
‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está
próximo!” Lc 21,8.
“Está
chegando ao fim o ciclo litúrgico deste ano. Passados os poucos dias desta
semana, já principia um novo ano litúrgico com o tempo do Advento, preparatório
para a comemoração do Natal de Jesus, o Salvador. A liturgia desses últimos
dias do ciclo litúrgico nos traz repetidas vezes o pensamento do fim do mundo,
do juízo final dos homens e do universo inteiro. Nesse momento do fim do mundo,
acontecerão algumas coisas que Jesus nos recorda e pede aos cristãos que as
considerem: primeiramente, Jesus admoesta seus discípulos a respeito de sua
volta, a parusia ou segunda e última vinda para julgar o homem e o mundo; tudo
que é humano, mesmo os frutos do fervor religioso, como o templo, é precário;
tudo perecerá; as guerras, as catástrofes são herança da condição humana; não
devem ser tomadas como presságios de que o fim do mundo está próximo, embora
recordem constantemente ao homem a condição precária em que se encontra; tudo
isso é dirigido para a urgência da conversão e inspira no homem a ânsia pela
transformação da triste condição, na qual transcorre sua existência; não se
deve seguir os falsos profetas que, em tudo, veem sinais do fim do mundo. O
aviso de Jesus vale para todos os tempos: ‘Vede que não sejais enganados (...)
não sigais após eles’ (v. 8). Em nossos dias, também nos encontramos diante de
falsos profetas, falsas revelações, aparições e locuções. Diante dos que
pretendem uma pureza doutrinal estrita, mas que não submetem ao magistério da
Igreja. Frente aos que pretendem que a Igreja já não é a Igreja de Cristo, porque
deixou de ser o que era, conforme entendem eles. Não nos deixemos enganar por
essas aparências de uma fidelidade ortodoxa ou de uma piedade personalista, de
um cristianismo sem renúncias e sem sacrifício, de uma fé não fundamentada na
pedra secular de Pedro. Sigamos em tudo, fielmente, a doutrina da Igreja
expressa nos documentos do magistério ordinário e extraordinário; assim, e
somente assim, poderemos estar seguros de nossa fé, de que seguimos pelo
verdadeiro caminho, de que estamos na verdadeira fé dos apóstolos e a
professamos, em suma, de que estamos com Jesus Cristo e que por Jesus
alcançaremos, finalmente, nossa salvação eterna” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite