(Ap 4,1-11; Sl 150; Lc 19,11-28) 33ª Semana do Tempo Comum.
“Chamou então dez dos seus empregados,
entregou cem moedas de prata a cada um e disse:
‘Procurai negociar até que eu volte’” Lc 19,13.
“O
discípulo do Reino deve manter viva a consciência de que, um dia, será chamado
para prestar contas ao Senhor. Cada um prestará conta dos dons e talentos
recebidos, que deveriam ter sido postos para frutificar, através da vivência do
amor misericordioso, em relação ao próximo. Ninguém escolhe os dons que
recebeu. Eles são fruto da benevolência divina. É como o nobre da parábola
evangélica que escolheu dez de seus empregados e, sem que estes tivessem pedido
ou querido, pôs-lhes nas mãos sua riqueza para que a multiplicassem, enquanto
ele fazia uma longa viagem ao exterior. O nobre era um indivíduo odiado e
rejeitado. É possível imaginar o sentimento de responsabilidade que se apoderou
dos que receberam as moedas de ouro para fazê-las frutificar. Era necessário
agir com prudência e rapidez. O tempo urgia. Todavia, houve um que, imaginando
a severidade de seu patrão, ficou bloqueado e não fez o dinheiro render. Como a
ordem era bem clara, não seria possível justificar a atitude de quem não se
preparou para o acerto de contas com o Senhor. A sorte do discípulo preguiçoso
e infiel é fácil de ser deduzida. Não se conquista a salvação de braços
cruzados. Ela supõe empenho fundado num relacionamento de amor com Jesus, cujo
projeto deve ser assumido e levado adiante, com serenidade e criatividade. Em
hipótese alguma, o discípulo pode deixar-se influenciar pelo medo. – Senhor
Jesus, ajuda-me a colocar os dons recebidos a serviço dos irmãos, de modo a
fazê-los multiplicar mais e mais” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite