(Ap 15,1-4; Sl 97[98]; Lc 21,12-19) 34ª Semana do Tempo Comum.
“Quem não temeria, Senhor, e não
glorificaria o teu nome? Só tu és santo! Todas as nações virão prostar-se
diante de ti, porque tuas justas decisões se tornaram manifestas” Ap 4,4.
“Esta
seção do Livro do Apocalipse evoca a visão de João arrebatado ao Céu. Através
da abertura de uma porta, é-lhe facultado aproximar-se do mundo celeste (vv.
1-2a). A visão de um trono condu-lo à contemplação de Deus (vv. 2b-3); ao redor
do trono vê depois outras figuras simbólicas: os vinte e quatro Anciãos, as
sete lâmpadas de fogo e quatro Seres Vivos (vv. 4-10). Uma doxologia conclui o
texto (v. 11). [Compreender a Palavra:] Neste trecho é evocada uma grande
liturgia celeste, rica de elementos e figuras simbólicas. O trono indica o
domínio exercido por Deus, contemplado sob o aspecto de uma pedra preciosa
resplandecente, enquanto um arco-íris o circunda. A corte celeste é constituída
por figuras angélicas, cujo simbolismo tem sido interpretado de diversas
maneiras. Os ‘vinte e quatro Anciãos’ são provavelmente o Povo de Deus, na sua
realidade do Antigo Testamento (as doze tribos de Israel) e de Novo Testamento
(os doze Apóstolos). Para alguns intérpretes, pelo contrário, seriam as vinte e
quatro classes sacerdotais do tempo de Davi (cf. 1Cr 24,4). Os quatro Seres
Vivos (cf. Ez 1,5-12; Is 6,2) estão colocados junto de Deus, na transcendência
divina. As feições dos seus rostos, tal como seu número (quatro, para indicar
os quatro pontos cardeais) exprimem significados particulares: o leão indica a
força; o touro, a fecundidade; o homem, o relacionamento com os homens; a
águia, a mediação com Deus. O cântico que os quatro Seres Vivos elevam a Deus,
três vezes Santo, é acompanhado pela doxologia ou celebração dos vinte e quatro
Anciãos perante o Senhor, criador de todas as coisas” (Giuseppe Casarin – Lecionário
Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).
Pe.
João Bosco Vieira Leite