(Fl 2,1-4; Sl 130[131]; Lc 14,12-14) 31ª Semana do Tempo Comum.
“Então tu serás feliz! Porque eles não
te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos
justos” Lc 14,14.
“O
Reino insere, no coração humano, preocupações que superam a visão mundana da
vida. Ele toca, até mesmo, coisas muitos simples, qual seja a lista de
convidados para um almoço ou jantar. Quem não pensa segundo o Reino, será
levado a convidar pessoas que, no futuro, poderão retribuir-lhe o convite. Os
ricos, neste caso, serão visados em primeiro lugar. O discípulo do Reino,
porém, parte de outro critério. Escolhe exatamente os pobres e excluídos,
aqueles que não terão condições de oferecer-lhe nada em troca. Basta-lhe a
retribuição que o Senhor reservou para quem se deixou guiar pelo amor. Sua
felicidade consistirá em compartilhar, a saciar a fome do próximo, em
proporcionar um momento de prazer a quem vive sob o peso da rejeição social e
de suas próprias limitações físicas, em valorizar quem vive na condição de
resto da sociedade. O coração do discípulo deve manter-se imune de segundas
intenções. É possível fazer um banquete e convidar os pobres e excluídos, com o
intuito de ter o nome estampado nos jornais e ser objeto da admiração alheia. O
discípulo não tem um espírito demagógico. Sua opção pelos pobres é fruto da
comunhão com sua causa, porque os preferidos de Deus. Ao colocar-se do lado
deles, o discípulo tem motivos para esperar a retribuição do Pai. – Senhor
Jesus, tira do meu coração todo desejo de receber retribuições humanas, mas
esperar somente a que provém do Pai” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite