(Ap 14,1-5; Sl 23[24]; Lc 21,1-4) 34ª Semana do Tempo Comum.
“Viu também uma pobre viúva que
depositou duas pequenas moedas” Lc
21,2.
“É
inútil querer fazer bela figura diante de Deus, pensando que ele se deixa
impressionar pelas grandezas humanas. O Reino de Deus subverte as categorias
humanas. Assim, o que é grande aos olhos humanos, é desprezível para Deus. E
vice-versa: o que o mundo desvaloriza, encontra valor aos olhos de Deus. Quando
os ricos colocavam no cofre do templo generosas ofertas, acreditavam estar
fazendo um gesto altamente louvado por Deus, e com isso, crescendo em mérito
diante dele. A atitude deles humilhava a quem pouco possuía para oferecer e
causava inveja e espírito de competição. Era uma exibição de generosidade, com
um detalhe: davam do seu supérfluo e não teriam de sofrer na pele os efeitos de
sua esmola. Em contraposição, as duas moedinhas lançadas pela pobre viúva
tinham um valor inestimável para Deus. Oferecendo aquilo que lhe restava para
viver, a mulher colocava-se toda nas mãos do Pai e fazia a sua vida despender
totalmente dele. Ela se recusava buscar segurança nos bens materiais, nem
acreditava que o acúmulo de bens, qualquer que fosse, pudesse trazer-lhe
alegria e felicidade. Reconhecia que tudo, em sua vida, era dom de Deus. Por
isso, com toda liberdade e sem a ânsia de possuir, foi capaz de arriscar tudo.
Esta é a oferta que tem valor diante de Deus. – Senhor Jesus, liberta meu
coração da ânsia de possuir e acumular. Faze-me, antes, compartilhar, com toda
a liberdade, todos os meus bens” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite