Terça, 05 de novembro de 2024

(Fl 2,5-11; Sl 21[22]; Lc 14,15-24) 31ª Semana do Tempo Comum.

“Um homem que estava à mesa disse a Jesus: ‘Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!’” Lc 14,15.

“Todos somos convidados para o baquete do Reino de Deus; todos sem exceção; todos temos fome e sede de justiça, fome e sede de felicidade, fome e sede de Deus. E essa fome e essa sede não podem ser aclamadas em nós com nenhuma coisa criada. Jesus, no evangelho de hoje, promete-lhe as alegrias do Reino de Deus, e com essas alegrias lhe promete calma em suas ansiedades, tranquilidade em suas inquietações e paz em suas amarguras. O convite do Senhor é para que você participe do seu banquete, e esse convite lhe chega repetidamente por incontáveis meios. O convite a que se refere este evangelho é, antes de mais nada, para o Reino de Deus, que frequentemente é comparado com um suntuoso banquete, e o sentido primário expressa-o Jesus, quando diz ‘feliz daquele que se sentar à mesa do Reino de Deus’ (v. 15), que é equivalente a dizer que é ditoso aquele que chegue a possuir em si o Reino de Deus, que é Reino de justiça, de verdade, de amor e de paz. Mas, em sentido secundário, esse banquete refere-se ao banquete eucarístico, do qual assistindo-o e dele participando, o homem se dispõe para o outro banquete do Reino de Deus. Assim o diz expressamente o próprio Senhor Jesus, quando afirma: ‘Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós memos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna’ (João 6,53-54). Realmente a ceia eucarística é um grande banquete: grande pela dignidade daquele que convida, que é, nada mais nada menos, que o próprio Deus, Jesus Cristo nosso Redentor e Salvador; grande pelo número de convidados, visto que a ele são chamados todos os homens de bom coração; ninguém fica excluído desse banquete por sua pobreza, por sua pouca cultura, por sua condição humilde; antes, os grandes e poderosos devem humilhar-se e tornar-se pobres e simples de coração, para merecerem ser admitidos neste banquete; grande pelos efeitos que produz: aumenta a graça divina, purifica a alma de seus pecados, preserva-a de novas quedas, prepara o homem que comunga para a vida eterna” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).

Pe. João Bosco Vieira Leite