(Fl 3,17—4,1; Sl 121[122]; Lc 16,1-8) 31ª Semana do Tempo Comum.
“Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso
que ouço ao teu respeito? Presta contas da tua administração,
pois já não podes administrar meus
bens’” Lc 16,2.
“É
sempre desagradável para nós isso de ‘prestar contas’, de dar satisfação a
alguém sobre algo que realizamos, ou que nos pediram. Porém, quando essa
prestação de contas afeta toda a nossa vida, quando devemos exigir de nós
mesmos, para analisar os diferentes aspectos da nossa vida, facilmente surge em
nós o desgosto e o tédio. No entanto, nossa vida por mais que chamemos de
‘nossa’ não nos pertence; há nisso um engano; não é nossa, mas de Deus, que a
colocou em nós, mas com a obrigação de a fazermos frutificar. E como a vida não
é nossa, mas de Deus, que ele no-la pode tirar a qualquer momento e pode exigir
de nós que lhe prestemos conta a respeito dela, e, então, você terá de dar
contas a Deus de como empregou suas forças físicas, sua saúde, suas qualidades,
seu tempo, sua inteligência, sua vontade, seu coração. Deverá, então, pesar e
analisar todos e cada um de seus pensamentos, de seus desejos, de seus
projetos, e de como sua vida pessoal se projetou para os outros, porque você
não pode encerrar a sua vida dentro de você mesmo (a), simplesmente porque não
é sua, mas de Deus, e Deus quer que você a projete para seu próximo. O homem
rico da parábola é Deus nosso Senhor, dono de toda a terra e de todos os
talentos e qualidades que colocou nele; o homem não é senão administrador dos bens
de Deus e, como tal, a Deus deverá dar conta da administração que realiza
durante sua vida. Você pode ser chamado a esta prestação de contas a qualquer
momento de sua vida, talvez quando menos você o pense, quando menos o imagine.
Por isso, o Senhor adverte-nos: ‘estai também vós preparados, porque o Filho do
Homem virá numa hora em que menos pensardes’ (Mateus 24,44). Estar preparados,
isto é, ter as contas prontas para entregar, viver na graça e cumprir sempre e
em tudo a vontade do Senhor” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano –
Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite