(Ap 14,1-5; Sl 23[24]; Lc 21,1-4) 34ª Semana do Tempo Comum.
“Então eles verão o Filho do Homem vindo
numa nuvem com grande poder e glória” Lc
21,27.
“Continua
o ambiente litúrgico como elementos que se referem ao final dos tempos e às
suas mais diversas manifestações; chama a atenção a insistência da liturgia
desses dias na ideia do fim do mundo e das calamidades que o deverão preceder.
Hoje torna-se Jerusalém, pisoteada por seus inimigos, cercada pelos exércitos
adversários, como sinal do que haverá de suceder no final dos tempos. Jerusalém
sucumbe como consequência do seu pecado. A destruição, como todas as
catástrofes históricas, além de ser um acontecimento social e político, é um
acontecimento religioso. A cidade santa sucumbe vítima do seu pecado, por ter
rejeitado a salvação, que em Jesus lhe era oferecida... Diante da vinda do
Filho do Homem, que se tornará patente, clara como a luz do meio-dia, o pânico
será a atitude do incrédulo, o gáudio será a herança do crente. Para o que crê
é a salvação que se aproxima; a esperança é já palpável. O crente irá com a
cabeça erguida, com o coração transbordante de alegria, ao encontro de seu
Senhor a quem amou, por quem viveu, em quem acreditou, por quem ansiosamente
esteve esperando durante toda a sua vida. Embora a vida terrena de Jesus tenha
sido uma vida cheia de sofrimentos, humilhações e perseguições, não foi isso o
definitivo; agora triunfa glorioso nos céus, ao lado do Pai. Entretanto, virá o
dia universal, no qual Jesus voltará glorioso e triunfante de todos os inimigos
e virá para humilhação e castigo desses mesmos inimigos e para consolo e
alegria de seus fiéis discípulos. Porque Jesus, por sua Morte e Ressurreição,
triunfou da morte e do pecado da injustiça e da tirania, e triunfou para si e
para seus discípulos. Eles o imitaram durante a vida, nos sofrimentos, nas
humilhações e perseguições, na dor e na cruz; é justo que depois o imitem
também na ressurreição, na glória, no triunfo e na vitória” (Alfonso Milagro – O
Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe.
João Bosco Vieira Leite