(Am 8,4-6.9-12; Sl 118[119]; Mt 9,9-13)
13ª Semana do Tempo Comum.
“Aprendei, pois, o
que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’.
De fato, eu não vim
para chamar os justos, mas os pecadores” Mt 9,13.
“A censura dos
fariseus por Jesus se ter sentado à mesa com os cobradores de impostos e os
pecadores serviu de ocasião para explicar um aspecto fundamental de sua ação
missionária: no trato com as pessoas, buscava ser o máximo misericordioso, não
se deixando levar por preconceitos, nem se desesperando quanto à possibilidade
de conversão de seus interlocutores. Exatamente o contrário da atitude dos
fariseus! Como a missão de Jesus consistia em colocar-se a serviço dos
pecadores, nada mais conveniente do que ser misericordioso para com eles. Sendo
o Messias, podia dar-se ao luxo de assumir uma postura de juiz e condená-los
desapiedadamente. Ou então, mantendo-se à distância, denunciar-lhe o pecado e
tentar arrancá-los do mundo pecaminoso em que viviam. A opção de Jesus vai numa
outra direção. Coloca-se no meio daqueles aos quais veio anunciar a salvação,
exercendo sua missão mediante a partilha de vida. Este é o canal pelo qual o
amor de Deus atinge aqueles que o preconceito religioso relegou à condição de
malditos e condenados. Jesus salva pela misericórdia! Sua ação pauta-se por uma
lógica irrefutável: coloca-se entre os pecadores, por ter vindo para eles.
Assim como os médicos vão em busca de pessoas doentes, Jesus vai ao encalço de
quem, de fato, necessita ser salvo. Portanto, longe de estar agindo de maneira
censurável, seu gesto é cheio de sentido divino. – Espírito de
acolhimento, torna-me sensível e misericordioso, sobretudo, para aqueles aos
quais a salvação deve ser anunciada” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O
Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco
Vieira Leite