(Gl 5,1-6; Sl 118[119]; Lc 11,37-41)
28ª Semana do Tempo Comum.
“O Senhor disse ao
fariseu: ‘Vós, fariseus, limpais o copo e o prato por fora,
mas o vosso interior
está cheio de roubos e maldades’” Lc 11,39.
“O convite feito a
Jesus serviu para o fariseu confirmar o preconceito contra ele. Imediatamente,
admirou-se de não ter lavado as mãos antes de se pôr à mesa, atropelando uma
tradição tão cara aos fariseus. A narração deixa entrever que o convite não
partiu de um verdadeiro amigo, para um momento de comunhão em torno de uma
refeição. E, sim, de um curioso, desejoso de bisbilhotar a vida de Jesus com o
fito de criticá-lo, escandalizado com um modo de proceder tão original, fora
dos padrões sociais e religiosos. Embora sendo hóspede, Jesus não perdeu a
chance de denunciar a hipocrisia dos fariseus. A aparência exterior, com a capa
de uma piedade inautêntica, escondia um interior cheio de roubos e maldades.
Uma conduta insensata para quem tem a pretensão de levar uma vida agradável a
Deus. A preocupação com os detalhes levava-os a se esquecerem do essencial.
Jesus indicou, então, a maneira autêntica de alcançar a pureza: praticar a
misericórdia. A exortação a dar esmola é uma entre as inúmeras maneiras de ser
purificado pelo amor. Este sim, tem o poder de eliminar as contaminações, pois
chega ao mais íntimo do ser humano, no qual estão as impurezas causadoras de
inimizade entre ele e Deus. Portanto, preocupar-se com lavar as mãos antes das
refeições corresponde a centrar-se no secundário e deixar passar o essencial. O
discípulo do Reino evita agir assim. – Pai, livra-me das preocupações
com coisas secundárias e ajuda-me a estar atento ao que é essencial: a prática
da misericórdia, que dá consistência à amizade contigo” (Jaldemir
Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).
Santo do Dia:
Santo Eduardo, rei. Nasceu em
1004, em Islip, próximo a Oxford, filho do rei Ettelredo II. Ainda menino teve
de tomar o caminho do exílio e viveu de 1014 a 1041 na Normandia, com os
parentes maternos. Foi rei da Inglaterra de 1043 a 1066, deixando fortíssima
lembrança no seu povo. A razão dessa veneração, que atravessou séculos, deve
ser procurada não só em algumas sábias providências administrativas, como a
abolição de uma pesada taxa militar que imprimia a nação inteira, mas sobretudo
no seu temperamento manso e generoso e na sua vida particular. Tinha se casado,
um ano antes de ser coroado, com a filha do seu mais terrível adversário, a
cultíssima Edith Godwin. Tempos depois ambos farão voto de virgindade. Morreu a
5 de janeiro de 1066 e foi sepultado na igreja da abadia, apenas restaurada. Ao
seu sepulcro começaram logo as devotas peregrinações. No reconhecimento de 1102,
o seu corpo estava intacto. A 7 de fevereiro de 1161 o papa Alexandre III o
incluiu no elenco dos santos.
Pe. João Bosco Vieira Leite