Terça, 13 de outubro de 2020

(Gl 5,1-6; Sl 118[119]; Lc 11,37-41) 

28ª Semana do Tempo Comum.

“O Senhor disse ao fariseu: ‘Vós, fariseus, limpais o copo e o prato por fora,

mas o vosso interior está cheio de roubos e maldades’” Lc 11,39.

“O convite feito a Jesus serviu para o fariseu confirmar o preconceito contra ele. Imediatamente, admirou-se de não ter lavado as mãos antes de se pôr à mesa, atropelando uma tradição tão cara aos fariseus. A narração deixa entrever que o convite não partiu de um verdadeiro amigo, para um momento de comunhão em torno de uma refeição. E, sim, de um curioso, desejoso de bisbilhotar a vida de Jesus com o fito de criticá-lo, escandalizado com um modo de proceder tão original, fora dos padrões sociais e religiosos. Embora sendo hóspede, Jesus não perdeu a chance de denunciar a hipocrisia dos fariseus. A aparência exterior, com a capa de uma piedade inautêntica, escondia um interior cheio de roubos e maldades. Uma conduta insensata para quem tem a pretensão de levar uma vida agradável a Deus. A preocupação com os detalhes levava-os a se esquecerem do essencial. Jesus indicou, então, a maneira autêntica de alcançar a pureza: praticar a misericórdia. A exortação a dar esmola é uma entre as inúmeras maneiras de ser purificado pelo amor. Este sim, tem o poder de eliminar as contaminações, pois chega ao mais íntimo do ser humano, no qual estão as impurezas causadoras de inimizade entre ele e Deus. Portanto, preocupar-se com lavar as mãos antes das refeições corresponde a centrar-se no secundário e deixar passar o essencial. O discípulo do Reino evita agir assim. – Pai, livra-me das preocupações com coisas secundárias e ajuda-me a estar atento ao que é essencial: a prática da misericórdia, que dá consistência à amizade contigo (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).

 

Santo do Dia:

Santo Eduardo, rei. Nasceu em 1004, em Islip, próximo a Oxford, filho do rei Ettelredo II. Ainda menino teve de tomar o caminho do exílio e viveu de 1014 a 1041 na Normandia, com os parentes maternos. Foi rei da Inglaterra de 1043 a 1066, deixando fortíssima lembrança no seu povo. A razão dessa veneração, que atravessou séculos, deve ser procurada não só em algumas sábias providências administrativas, como a abolição de uma pesada taxa militar que imprimia a nação inteira, mas sobretudo no seu temperamento manso e generoso e na sua vida particular. Tinha se casado, um ano antes de ser coroado, com a filha do seu mais terrível adversário, a cultíssima Edith Godwin. Tempos depois ambos farão voto de virgindade. Morreu a 5 de janeiro de 1066 e foi sepultado na igreja da abadia, apenas restaurada. Ao seu sepulcro começaram logo as devotas peregrinações. No reconhecimento de 1102, o seu corpo estava intacto. A 7 de fevereiro de 1161 o papa Alexandre III o incluiu no elenco dos santos.

Pe. João Bosco Vieira Leite