Sábado, 03 de outubro de 2020

(Jó 42,1-3.5-6.12-16; Sl 118[119]; Lc 10,17-24) 

26ª Semana do Tempo Comum.

“Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu” Lc 10,20.

“Hoje, o Evangelista Lucas nos narra o fato dos setenta e dois, enviados para preparar a passagem de Jesus, voltarem empolgados, entusiasmados por teres sido capazes de expulsar demônios, em nome de Jesus. Além disso, realizaram outros gestos prodigiosos, dando prova de estarem vencendo satanás, numa evidente manifestação de que o Reino de Deus estava se implantando na história humana, pela ação deles como enviados do Messias. Jesus os corrige, revela-lhes a dimensão oculta do trabalho missionário. A ação missionária dos enviados teve como resultado a vitória sobre as forças do mal, pois isto não deveria ser motivo de tanta alegria. Em outras palavras, alegria por pertencerem a Deus e estarem a serviço dele; por gozarem da proteção divina, que lhes garante a sobrevivência nos confrontos com as forças do mal; por trazerem em si o germe da vida divina que desmascara as forças da morte; por serem filhos de Deus e participarem da grande família do Reino. Jesus agradece seu Pai pelos benefícios que tem outorgado à humanidade. Agradece a revelação concedida aos humildes de coração, aos pequenos no Reino. Deus serve-se de instrumentos frágeis para pôr fim ao reino do mal e fazer triunfar o amor. Simbolicamente, Jesus se refere à vitória sobre os espíritos do mal, afirmando ter visto satã cair do céu como um raio. É indício de que, mesmo que o demônio continue a combater contra Deus e buscar a ruína dos seres humanos, sua derrota já está assegurada. Aqueles cujos nomes estão escritos nos céus haverão de enfrentá-los e vencê-los com a força de Deus. A atitude correta diante de tudo isto é a do reconhecimento e da gratidão. A gratidão não é uma virtude muita usada ou frequente; no entanto, é uma das que experimentam com maior beneplácito. – Senhor Jesus, conduze-me sempre pelos caminhos da vida. E ensina-me a ser grato ao Pai por seu grande amor à humanidade (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santa Maria Josefa Rossello, religiosa. Nascida em Albissola Mariana (Savona) a 27 de maio de 1811, e batizada com o nome de Benedita, a quarta filha de um humilde fabricante de vasilhas, aprendeu logo a modelar a argila na oficina paterna, deixando-se ao mesmo tempo modelar pela graça. Sua vida foi marcada por dificuldades, mas trazia sempre consigo o desejo de consagra-se a Deus. O bispo Agostinho de Mari procurava colaboradoras a quem confiar a educação de meninas pobres. Benedita respondeu ao seu apelo e no dia 10 de agosto de 1837, ela e duas companheiras davam início à fundação do novo instituto em uma modesta casa alugada. Aos 22 de outubro do mesmo ano, vestiam o hábito religioso e Benedita assumia o nome de irmã Maria Josefa. Em 1840 a pequena congregação conta com sete irmãs professas e quatro noviças. Maria Josefa, eleita superiora, teve de guiar o barco sozinha, porque no mesmo ano o bispo de Mari morreu. Com a sua luminosa confiança na Providência, erigiu várias casas (todas dedicadas à Providência) para aí acolher as meninas pobres. Em 1869, abriu o Pequeno Seminário para meninos, filhos de operários pobres, encaminhando-os gratuitamente à carreira eclesiástica. Morreu aos 69 anos a 7 de dezembro de 1880, na casa-mãe, em Savona. Em 12 de junho de 1949 Pio XII incluía seu nome no álbum dos santos.

 Pe. João Bosco Vieira Leite