(Ef 6,10-20; Sl 143[144]; Lc 13,31-35)
30ª Semana do Tempo Comum.
“Jerusalém,
Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes eu quis reunir teus filhos como a galinha reúne os pintainhos
debaixo das asas, mas tu não quiseste!” Lc 13,34.
“A imagem da galinha
estendendo as asas já era usada no Antigo Testamento, para simbolizar a
proteção divina. Com o exemplo da ave, que congrega seus pintainhos sob as
asas, para dar-lhes proteção e calor, Jesus nos manifesta no evangelho a
predileção por Jerusalém primeiramente, o amor e o terno cuidado para com todos
os fiéis que formavam a Igreja. O Senhor quer nosso bem e busca por todos os
meios nossa salvação, dando-nos todas as graças de que necessitamos; cobre-nos
com sua proteção contra toda tentação; da parte de Deus nunca fica ausente a
ajuda; a imagem da galinha, que o Senhor emprega, cobrindo e protegendo os
pintinhos sob as asas, é muito expressivo do amor e da solicitude com a qual a Providência divina vela sobre nós. Isto tem de mover-nos à confiança filial na
amorosa Providência divina, inclusive quando não conseguimos compreender os caminhos
da Providência. Deduz-se também desse evangelho a verdade de nossa liberdade.
Deus nos criou livres e respeita nossa liberdade. Aí se fundamenta nossa
responsabilidade: em nossa liberdade. Se quisermos, aceitaremos a vontade de
Deus, realizando boas obras, atos meritórios; mas se não quisermos aceitar essa
vontade de Deus, tornamo-nos merecedores do castigo, que terá de ser atribuído
não à falta de bondade de Deus, mas ao abuso que fazemos de nossa liberdade” (Alfonso
Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-
Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite