Quinta, 08 de outubro de 2020

(Gl 3,1-5; Sl Lc 1; Lc 11,5-13) 

27ª Semana do Tempo Comum.

“Pois quem pede, recebe; quem procura, encontra; a quem bate se abrirá” Lc 11,10.

“O Evangelho de hoje é uma catequese de Jesus a respeito da oração. Afirma solenemente que o Pai sempre a escuta. Às vezes, podemos pensar que a prática nos mostra que isso nem sempre acontece, que nem sempre age assim. É necessário rezar com as atitudes corretas! A primeira é a constância, a perseverança. Devemos rezar sem nos desanimar nunca, não obstante nos pareça que nossa súplica bate com um rechaço, ou que não é escutada imediatamente. É a atitude daquele homem inoportuno que à meia-noite vai pedir um favor ao seu amigo. Tal comportamento estaria em aberto contraste com o espírito de hospitalidade oriental. O amigo recorreu ao outro por ter plena confiança de não ser decepcionado. O mesmo acontece com a oração cristã: não é atendida de maneira mágica como se ao pedido se seguisse um imediato atendimento. O orante reza e confia, esperando a hora de ser atendido. Com sua insistência recebe os pães que precisa. Deus é o amigo que escuta desde dentro a quem é constante. Confiemos em quem acabará por nos dar o que pedimos, porque, além de ser amigo, é Pai. A segunda atitude que Jesus nos ensina é a confiança e o amor dos filhos. A paternidade de Deus ultrapassa imensamente a humana, que é limitada e imperfeita. A terceira atitude: peçamos principalmente o Espírito Santo e não somente coisas materiais. Jesus nos anima a pedi-lo, assegurando-nos que o receberemos. Esta petição sempre é escutada. É como pedir a graça da oração, já que o Espírito Santo é sua fonte e origem. Ao orientar seus discípulos a respeito da oração, Jesus procurou evitar certas atitudes equivocadas em relação a Deus. Entre elas a tendência a fazer de Deus um empregado do ser humano, sempre pronto a atender seus pedidos, sem jamais recusar-se. – Pai, que a minha oração seja plena de confiança em ti, pois sei que queres dar-me o que tens de melhor, o Espírito Santo (Sônia de Fátima Marani Lunardelli – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).

 

Santo do Dia:

Santa Pelágia. Esse nome faz referência a duas santas. A primeira, e certamente celebrada hoje, seria a jovem virgem e mártir de Antioquia, vítima da perseguição de Diocleciano. Quando os soldados do imperador foram à sua casa para leva-la ao tribunal que certamente a condenaria porque era cristã, Pelágia pediu-lhes para trocar de roupas. Obtida a licença subiu ao andar superior e conscientizada do tratamento indigno a que seria exposto o seu corpo, para se apresentar incontaminada à presença do Esposo, atirou-se pela janela e foi se rebentar contra a terra. A segunda seria uma bailarina de Antioquia que o povo chamava de Margarida, isto é, pérola preciosa, pela rara beleza de sua face e pelos ricos ornamentos do seu corpo, chegando a chamar a atenção do próprio bispo da cidade. Foi escutando uma pregação sobre como enfeitar a nossa alma para apresentar-nos diante de Deus que ela foi prostra-se aos seus pés e obteve o batismo. Trocou, portanto, os preciosos vestidos por uma túnica de penitente.

Pe. João Bosco Vieira Leite