Sábado, 24 de outubro de 2020

(Ef 4,7-16; Sl 121[122]; Lc 13,1-9) 

29ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus lhes respondeu: ‘Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus por terem sofrido tal coisa?’” Lc 13,2.

“Jesus alertou os discípulos em relação a certos pensamentos enganosos, que podem ter graves desdobramentos. Trata-se da tendência a olhar para os outros e julgá-los pecadores, sem se dar o trabalho de olhar para si mesmo e se reconhecer carente de conversão. A facilidade de reconhecer os pecados alheios e identificar as respectivas punições não tem como contraponto a mesma facilidade de reconhecer os próprios pecados. Fatos conhecidos, implicando mortes violentas, tidas como castigos, serviram para ilustrar o ensinamento. Os galileus assassinados por Pilatos não eram mais pecadores que os ouvintes de Jesus. Da mesma forma, as dezoitos pessoas atingidas na queda da torre de Siloé; julgá-las, sem tirar as devidas lições, constitui um grave erro. O discípulo do Reino esforça-se por levar uma vida agradável a Deus, sem se fazer juiz da sorte alheia. – Pai, afasta de mim a tentação de pensar mal de meu próximo, sem me dar conta do caminho de conversão que me cabe trilhar” (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).

 

Santo do Dia:

Santo Antônio Maria Claret, bispo. Quinto entre dez filhos de um modesto tecelão de Catalunha, nasceu em Sallent em 1807. Um excepcional homem de ação. Aos vinte e dois anos entrou para o seminário da diocese de Vic e saiu sacerdote aos 28, com nomeação de vigário para a sua cidade natal. Para seguir a própria vocação missionária, foi a Roma colocar-se à disposição da congregação de Propaganda Fide. Depois ingressou no noviciado dos jesuítas, interrompido por causa de uma doença. Voltou à Espanha e foi missionário em sua pátria, dedicando-se a evangelização das zonas rurais. Serviu-se da imprensa para evangelizar. Voltando à diocese de Vic deu início à sua mais importante obra: a fundação de uma congregação missionária dedicada ao Coração Imaculado de Maria (cujos membros são ainda hoje conhecidos com o nome de padres clarentianos). Era o ano de 1849. Pouco tempo depois foi eleito bispo de Cuba, então sob o domínio espanhol, cuja sede estava a 14 anos vacante. Fez um vasto e fecundo trabalho de evangelização. Um atentado grave pôs em risco a sua vida. Foi chamado à pátria em 1857, porque a rainha da Espanha quis tê-lo como confessor. Não adaptando-se bem à vida na corte, procurou estender sua jornada de trabalho prestando serviço em várias paróquias. Em 1867 foi exilado com a família real na França após uma revolução. Morreu aos sessenta e três anos, a 24 de outubro de 1870. Pio XII o incluiu no álbum dos santos durante o ano santo de 1950.

 Pe. João Bosco Vieira Leite