(Ef 4,32—5,8; Sl 01; Lc 13,10-17)
30ª Semana do Tempo Comum.
“Esta filha de
Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos,
não deveria ser
libertada dessa prisão em dia de sábado?” Lc 13,16.
“A narrativa da cura
da mulher encurvada tem forte valor simbólico. Aponta para a libertação das
mulheres, realizada por Jesus. A mulher era vítima de uma das piores opressões:
a religiosa. Era sábado e a cena se passa na sinagoga. O gesto de Jesus deixa o
chefe da sinagoga furioso, pois havia transgredido a lei do repouso sabático,
fazendo uma ação proibida. No parecer dele, a mulher deveria manter-se
‘encurvada e totalmente incapaz de olhar para cima’, porque uma tradição
religiosa impedia Jesus de libertá-la. Jesus pautava-se pelo querer do Pai, e o
Pai não desejava que nenhum de seus filhos vivesse encurvado. Daí a decisão de
curá-la, mesmo com o risco de ser acusado de violador da Lei. A mulher curada é
o paradigma de todas as pessoas que Jesus liberta do peso insuportável da
tirania religiosa e as torna livres para louvar a Deus, sem o peso das
exigências religiosas absurdas. – Pai, como Jesus, faze de mim
instrumento de tua misericórdia, para libertar quem vive oprimido pelas
exigências da religião que perdeu a sintonia contigo” (Jaldemir
Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite