Segunda, 26 de outubro de 2020

(Ef 4,32—5,8; Sl 01; Lc 13,10-17) 

30ª Semana do Tempo Comum.

“Esta filha de Abraão, que satanás amarrou durante dezoito anos,

não deveria ser libertada dessa prisão em dia de sábado?” Lc 13,16.

“A narrativa da cura da mulher encurvada tem forte valor simbólico. Aponta para a libertação das mulheres, realizada por Jesus. A mulher era vítima de uma das piores opressões: a religiosa. Era sábado e a cena se passa na sinagoga. O gesto de Jesus deixa o chefe da sinagoga furioso, pois havia transgredido a lei do repouso sabático, fazendo uma ação proibida. No parecer dele, a mulher deveria manter-se ‘encurvada e totalmente incapaz de olhar para cima’, porque uma tradição religiosa impedia Jesus de libertá-la. Jesus pautava-se pelo querer do Pai, e o Pai não desejava que nenhum de seus filhos vivesse encurvado. Daí a decisão de curá-la, mesmo com o risco de ser acusado de violador da Lei. A mulher curada é o paradigma de todas as pessoas que Jesus liberta do peso insuportável da tirania religiosa e as torna livres para louvar a Deus, sem o peso das exigências religiosas absurdas. – Pai, como Jesus, faze de mim instrumento de tua misericórdia, para libertar quem vive oprimido pelas exigências da religião que perdeu a sintonia contigo (Jaldemir Vitório – Dia a dia nos passos de Jesus [Ano A] – Paulinas).

  Pe. João Bosco Vieira Leite