Sábado, 10 de outubro de 2020

 (Gl 3,22-29; Sl 104[105]; Lc 11,27-28) 

27ª Semana do Tempo Comum.

“... enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse:

‘Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram’” Lc 11,27.

“Uma mulher do povo fez um enorme elogio a Maria, proclamando-a bem-aventurada por ter tido a graça de trazer Jesus em seu ventre e tê-lo amamentado. Seu entusiasmo tinha razão de ser, considerando-se os feitos maravilhosos operados por Jesus e seus ensinamentos sublimes muito superiores a tudo quanto até então tinham visto e ouvido. Seu trato cheio de misericórdia e bondade, de modo especial com os pobres e marginalizados, e a profunda esperança que suscitava no coração de quem dele se aproximava. Portanto, um ser humano formidável! Bendita a mãe que lhe dera à luz! Jesus deu um novo enfoque a esta questão, considerando a grandeza de Maria sob outro prisma. De fato, ela era bem-aventurada, mas por um motivo diferente: mostrou-se atenta e disponível a ouvir a Palavra de Deus, e se empenhava para coloca-la em prática. A condição de mãe de Jesus era menos importante do que a de disciplina do Pai. A grandeza de sua condição de mãe do Messias era consequência de sua fidelidade a Deus. Sem isto, o fato de ser mãe de Jesus não teria nenhuma importância. Por conseguinte, a observação de Jesus não soa como um desprezo em relação à sua mãe. Antes, evidencia o motivo pelo qual deveras Maria deve ser proclamada bem-aventurada: porque foi fiel a Deus. – Pai, dá-me a graça de compreender sempre mais que a grandeza de Maria consistiu em ser fiel à tua Palavra acolhida e posta em prática com generosidade sem limites” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

 

Santo do Dia:

São Francisco Borja, presbítero. Sobrinho segundo do papa Alexandre VI e do rei católico Fernando II de Aragão e de Castela, são Francisco Borja nasceu em Gândia (Valência) a 28 de outubro de 1510. Entrou ainda muito jovem para a vida da corte espanhola, como pajem da irmã de Carlos V, Catarina. Aos vinte anos, o imperador lhe concedeu o título de marquês. Casou-se aos 19 anos e teve oito filhos. Aos 29 anos foi eleito vice-rei de Catalunha (1539-43), mostrou-se à altura do cargo, sem, todavia, descuidar-se da intensa vida espiritual à qual se havia secretamente votado. Em 1546, após a morte da esposa Eleonora, cumpriu a piedosa prática dos exercícios espirituais de santo Inácio de Loyola e no 2 de junho do mesmo ano emitiu os votos religiosos de castidade, de obediência e o de entrar na Companhia de Jesus, onde efetivamente ingressou em 1548 e oficialmente em 1550, após haver renunciado ao ducado de Gândia. A 26 de maio de 1551 celebrava a primeira missa. Em 1566 foi eleito geral da Companhia de Jesus, cargo que ocupou até sua morte, em Roma a 30 de setembro de 1572. Foi o fundador do primeiro colégio Jesuíta na Europa. Nutriu grande devoção à Eucaristia e à Virgem. Beatificado em 1624, teve a honra dos altares em 1671.  

Pe. João Bosco Vieira Leite