Sexta, 03 de abril de 2020


(Jr 20,10-13; Sl 17[18]; Jo 10,31-42) 
5ª Semana da Quaresma.

“Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim. Mas, se as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que saibais e reconheçais que o Pai está em mim e eu no Pai”
Jo 10,37-38.

“O relacionamento, a sintonia e o forte amor que une Jesus ao pai é uma das mensagens mais nítidas do reino de Deus. Jesus nos mostra que a arte de ser filho é escutar demais a importância do pai. Um amor assim já é naturalmente uma proposta espiritual. Jesus permanece no Pai amando-o intensamente sem precisar fazer grandes discursos sobre Ele. Deixa que a verdade do Pai transpareça em tudo o que faz e fala. O contato íntimo com o Pai é que lhe dá o sentido último da sua missão. Toda obra objetiva vem de um amor pessoal muito grande; porque ama profundamente alguém, Jesus pode estar melhor com todos. Isto Ele nos ensina porque hoje podemos fazer as coisas sem muito sentido por falta de uma unção, de uma paixão, de uma grande causa. Na sua bondade, Jesus revelou a bondade do Pai; no seu fazer aparece a atuação providente do Pai. Bom é aquele que consegue realizar tudo com um toque sagrado. Que maravilha seria se, como Jesus, todos os atos que realizamos revelassem o divino agindo em nós, fazendo-nos instrumentos de seu amor! Ter fé e abrir-se à inspiração do divino é a base de toda obra. Assim como o íntimo relacionamento de Jesus com o Pai deu sentido a todas as suas obras, assim também nós aprendamos a passar em nossas atividades um sentimento de pertença; este gosto de ser filho amado predileto do Pai. – Senhor, que as pessoas possam crer na sua bondade pelo simples fato de eu ser bom. Que as pessoas acreditem no seu inesgotável amor pelo modo como eu posso amar todos os seus filhos. Amém” (Vitório Mazzuco Filho – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite