(Ag 1,15—2,9; Sl 42[43]; Lc 9,18-22)
25ª Semana do Tempo Comum.
“Mas Jesus perguntou:
‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ Pedro respondeu: ‘O Cristo de Deus’”. Lc 9,20.
“Um protestante negro
que é meu amigo disse-me que, quando Jesus se mostrou real para ele pela
primeira vez, na adolescência, entrou sorrateiramente na sua classe da
faculdade antes do início das aulas e escreveu no quadro-negro com letras
garrafais: JESUS CRISTO É A RESPOSTA! Mais tarde, quando voltou, descobriu que
outra pessoa escrevera embaixo de sua frase: CERTO, MAS QUAL É A PERGUNTA?
‘Certo’, pensou ele, ‘qual é a pergunta?’ Com o passar do tempo, meu amigo
descobriu que não existe apenas uma pergunta. A vida pergunta quando podemos
amar, quanto prazer podemos ter, quanto podemos suportar. A vida nos pede para
distinguir entre o que é realmente importante e o que não é. A vida nos pede
para exercitar nossa capacidade julgar conscienciosamente. Mas talvez a questão
mais profunda apresentada pela vida seja a do significado e do sentido.
Precisamos acreditar que nossa vida faz diferença para alguém ou para alguma
coisa. ‘Que significa tudo isso Alfie?’ Claro que não existe resposta
patenteadas e simples que saem de máquinas automáticas. Rainer Maria Rilke, o
poeta alemão, aconselha-nos a ter paciência com tudo que não foi resolvido em
nosso coração. Sugere que devemos aprender a amar as próprias perguntas
enquanto procuramos e esperamos as respostas. Meu amigo protestante, que agora
já está velho, diz que hoje sabe muito mais sobre as muitas perguntas feitas
pela vida. A vida o tem questionado a respeito de valores e prioridades, de sua
visão de seus sonhos, de sua coragem e de sua capacidade de amar. ‘Mas’,
disse-me ele, olhando acima dos óculos, ‘a todas as perguntas que a vida faz,
JESUS CRISTO É A RESPOSTA!’” (John Powell – As
Estações do Coração – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite