Quarta, 11 de setembro de 2019


(Cl 3,1-11; Sl 144[145]; Lc 6,20-26) 
23ª Semana do Tempo Comum.

“Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida,
aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória” Cl 3,3-4.

“’Estais mortos’. O que poderia significar esta expressão? Mortos para a verdade, mortos para o que realmente importa, mortos para a beleza da vida e do universo, mortos para a fraternidade, para o amor, para a justiça... Ah, sim, sem a visão de mundo e de vida que Jesus nos dá, estamos mortos! Sem cultivar as virtudes, estamos mortos. Sem ajuntarmos os tesouros que as traças não roem, estamos mortos. Mas quando Cristo se manifesta em nós, a vida explode em plenitude e em glória. Jesus abre-nos o caminho para a vida verdadeira. Jesus ensina-nos não somente a retidão, mas ensina-nos, sobretudo, a sermos felizes, pois para a felicidade o Pai nos criou. Jesus nos faz ter esperança. Esperança de que seremos capazes de construir um mundo novo. Esperança de que não mais veremos crianças e jovens olhando, com estupor, para um amanhã em que não acreditam. Esperança de que o alimento estará presente em todas as mesas. Esperança de que o amor deixará de ser uma palavra vazia e banalizada e passará a ser um sentimento maior que dominará os corações. Jesus se manifestará, com certeza, e o nosso eu verdadeiro, aquele eu que é a centelha divina, se manifestará com ele, em toda glória. E já não choraremos baixinho, já não conteremos o grito na garganta, já não teremos mais noites negras de solidão. Estaremos vivos! Vivos para Deus! – Pai amantíssimo, que o homem velho, cheio de mazelas espirituais, possa morrer em mim e o homem novo, o verdadeiro cristão, possa nascer em toda a sua glória. Amém (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite