Terça, 17 de setembro de 2019


(1Tm 3,1-3; Sl 100[101]; Lc 7,11-17)
24ª Domingo do Tempo Comum.

“Eis uma palavra verdadeira: quem aspira ao episcopado saiba que está desejando uma função sublime”
1Tm 3,1.

“Quem aspira ser pastor não deve pensar que vai apenas andar na frente, mostrando o caminho. Deve lembrar-se que, muitas vezes, tem de estar junto, sentindo o medo e as aflições de suas ovelhas. Quem guia, tem a enorme responsabilidade de ter um comportamento exemplar, mas um comportamento e um discurso que demonstram a sua fé em Deus, na vida e nos homens. Tem que ter alegria e paixão. Deslumbrar-se com as coisas de Deus e com as coisas dos homens. Muitas vezes, quando seus discípulos choram, nada pode fazer se não chorar junto, embora sempre exortando à esperança. Ser pastor não é colocar-se como autoridade ou como dono do saber. Porque, seja qual for a nossa posição no mundo, a Vida é um aprendizado constante, e, mesmo as pessoas mais ignorantes têm, sempre, muito a ensinar. Ser pastor é colocar, acima de si próprio, de suas necessidades, as necessidades e o bem-estar de suas ovelhas. Por isso, a função é sublime. Se for de outra forma, a pessoa será comum e não terá nada a dar. Por estas razões, só devem aspirar ao episcopado os dadivosos, generosos, humildes e sábios. Aqueles que, sobretudo, amam, profundamente, ao ser humano e veem nele o próprio Criador. Melhor é renunciar à função de pastor, quando não se é desprendido e não se tem carisma de liderança. Deus ama muito mais aqueles que sabem varrer bem uma rua e cumprem a sua função com alegria. – Senhor, iluminai aqueles que têm a dura e sublime função de guiar e orientar o vosso rebanho! Que eles, com o vosso amparo, possam tentar ser perfeitos, como vós, e exortar seus discípulos à perfeição! (Maria Luiza Silveira Teles – Graças a Deus [1995] – Vozes).  

Pe. João Bosco Vieira Leite