Quarta, 18 de setembro de 2019


(1Tm 3,14-16; Sl 110[111]; Lc 7,31-35) 
24ª Semana do Tempo Comum.

“Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos” Lc 7,35.

“Seu modo de viver revelava que era um sábio, mas não de uma sabedoria adquirida em livros ou em academias. Aprendera com a família, com os amigos e vizinhos. Aprendera com a natureza, observando a rotina dos animais, o germinar e o crescer das sementes. Tinha um olhar aguçado, ouvidos atentos. Conhecia miséria e a dor do seu povo, o trabalho duro, o cansaço, as pequenas alegrias, a esperança de dias melhores. Nada escapava aos seus sentidos – palavras, gestos, olhares, sentimentos e emoções, lágrimas e sorrisos – e tudo meditava em seu coração. Dia a dia, silenciosamente, aprendia mais e mais. Crescia em graça e sabedoria (Lc 2,40.52). Conheceu as tradições do seu povo, as orações e os cantos, a lei e os Profetas. Aprendeu com os pais a temer e amar a Deus e também a prezar pela vida dos seus semelhantes. Aprendeu também com eles o que era a misericórdia e compaixão. Cresceu acreditando no amor de Deus e na conversão dos seres humanos (Sb 12,15-22). Para os cristãos a sabedoria divina tem um nome: Jesus de Nazaré, cujo conhecimento e experiência de vida estavam a serviço do bem e da justiça; cuja bondade e misericórdia convertiam inúmeras pessoas; cujo amor por Deus e pelos seres humanos conduziu-o ao sacrifício da cruz. O texto bíblico de hoje (Lc 7,31-35) convida-nos, pois, a estarmos próximos de Jesus e a bebermos de sua sabedoria. Convida-nos também a imitar o Mestre, colocando nosso conhecimento e nossa experiência a serviço da vida e da justiça, para o bem de todos, em vista do crescimento de todos. – Manda a sabedoria para que ela me acompanhe e participe dos meus trabalhos, e me ensina o que é agradável a ti. Amém! (cf. Sb 9,10-12)” (Marcos Daniel de Moraes Ramalho – Meditações para o dia a dia[2017] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite