(Cl 1,21-23; Sl 53[54]; Lc 6,1-5)
22ª Semana do Tempo Comum.
“Mas é necessário que
permaneçais inabaláveis e firmes na fé, sem vos afastardes da esperança que vos
dá o evangelho, que ouvistes, que foi anunciado a toda criatura debaixo do céu
e do qual eu, Paulo, me tornei ministro” Cl 1,23.
“Estas são palavras
de Paulo aos colossenses. Entretanto, não vos parece que ele conversa conosco?
Ou será porque a essência da vida é sempre a mesma, feita de suor e sangue,
lágrimas e riso? (...) Por que as tendências do Homem não mudam? E, também,
suas riquezas e potencialidades? Se não permanecemos fundados e firmes na fé e
inabaláveis na esperança, como podemos levar adiante a vida, cumprindo os
compromissos do dia a dia e suportando a rotina? É na fé e na esperança que nos
livramos de nossos medos, para abandonar-nos à vontade de Deus. É com o
Evangelho no coração, que engolimos a poeira da estrada, suportando a agonia
lenta das horas e a injustiça dos poderosos e de eventos que não conseguimos
compreender. Jesus e seus ministros nos abrem os olhos, nos sacodem e nos
mostram o caminho. Como poderíamos, sem a Palavra Santa, suportarmos a saudade
dos entes queridos, que se foram, derrubados pelas tempestades do mar, pela
fúria dos ventos ou pelas procelas da própria vida? É com a fé e a esperança no
Evangelho que conseguimos uma alma de vigília, somos ainda capazes de esperar.
Esperar um mundo novo, um homem novo, sonhos novos. Sim, temos transviado a
nossa humanidade, mas fundados e firmes na fé e inabaláveis na esperança,
sabemos encontrar em Cristo uma fonte inextinguível de amor e perdão. – Senhor,
que possamos, como Cristo ou como Paulo, tornamo-nos ministros da esperança!
Enchei, ó Pai, o nosso coração de fé, para que possamos ser arautos de um mundo
novo, feito de amor! Que assim seja” (Maria Luiza Silveira Teles
– Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite