(Cl 3,12-17; Sl 150; Lc 6,27-38)
23ª Semana do Tempo Comum.
“Louvai o Senhor Deus
no santuário, louvai-o no alto céu do seu poder! Louvai-o por seus feitos
grandiosos, louvai- em sua grandeza majestosa! Louvai-o com o toque da
trombeta, louvai-o com a harpa e com a cítara! Louvai-o com a dança e o tambor,
louvai-o com as cordas e as flautas!” Sl 150,1-4.
“O louvor cheio de
entusiasmos não deveria ser incomum em nossa vida ou em nossa adoração. Deveria
ser algo frequente enquanto nos concentramos na grandeza e na bondade de Deus –
‘seus feitos poderosos’ e ‘a imensidão de sua grandeza’ (v. 2). Todo
instrumento musical pode ser santificado para ser usado no louvor a Deus:
trompetes, flautas, harpas (guitarras, piano), instrumentos de corda, até mesmo
címbalos sonoros e címbalos ressonantes (vv. 3-5). Toda expressão de honra e
adoração a Deus é bem-vinda em nosso louvor: canto, música instrumental, até
mesmo danças (v. 4). A dança mencionada aqui, é claro, não é a dança de salão
ou piruetas desenfreadas. Era a dança interpretativa que focava a atenção em
Deus, e não no intérprete. Deus não limita nossa expressão de louvor ao seu
nome. Por que as igrejas não podem exibir pinturas ou esculturas que exaltam o
Senhor e conduzem nosso coração ao louvor? Onde é dada a oportunidade para
peças teatrais ou até mesmo danças expressivas adequadas oferecidas como um
sacrifício de louvor ao Senhor? Se Deus se agrada dessas expressões, por que
elas não nos agradam? Limitamos os instrumentos musicais que podem ser usados na
adoração, ou os estilos musicais que os músicos cristãos podem oferecer ao
Senhor? Não estou sugerindo que devemos abrir as portas de um culto de adoração
para qualquer pessoa ou qualquer coisa. Toda canção e todo intérprete devem ser
apresentados como uma expressão humilde de adoração ao Senhor e encorajamento
para o corpo de Cristo. O que estou sugerindo é que devemos dar ao Espírito
Santo a oportunidade de ampliar os horizontes de nosso louvor. Estou sugerindo
– porque o salmo 150 ordena – que, de vez em quando, façamos um pouco de
barulho. Adoração e louvor a Deus não são atividades restritas apenas às
igrejas ou até mesmo a esta vida. O salmo 150 chama aqueles no magnífico
firmamento de Deus a louvarem o Senhor. No salmo 148, entre os chamados a
adorar estão os anjos. Quando nos levantamos para cantar na igreja no domingo,
nós nos unimos aos anjos e a todos os habitantes remidos dos céus para o louvor
do Senhor. Pode haver somente alguns de nós reunidos na terra, mas, se você
levantar os olhos da fé, verá uma grande companhia junto com você no louvor.
Portanto, não fique apenas em pé ali: cante, anime-se, louve o Senhor. Enquanto
há fôlego, nós louvamos” (Douglas Connelly – Guia fácil para
Entender os Salmos – Thomas Nelson).
Pe. João Bosco Vieira Leite