Quinta, 12 de setembro de 2019


(Cl 3,12-17; Sl 150; Lc 6,27-38) 
23ª Semana do Tempo Comum.

“Louvai o Senhor Deus no santuário, louvai-o no alto céu do seu poder! Louvai-o por seus feitos grandiosos, louvai- em sua grandeza majestosa! Louvai-o com o toque da trombeta, louvai-o com a harpa e com a cítara! Louvai-o com a dança e o tambor, louvai-o com as cordas e as flautas!” Sl 150,1-4.

“O louvor cheio de entusiasmos não deveria ser incomum em nossa vida ou em nossa adoração. Deveria ser algo frequente enquanto nos concentramos na grandeza e na bondade de Deus – ‘seus feitos poderosos’ e ‘a imensidão de sua grandeza’ (v. 2). Todo instrumento musical pode ser santificado para ser usado no louvor a Deus: trompetes, flautas, harpas (guitarras, piano), instrumentos de corda, até mesmo címbalos sonoros e címbalos ressonantes (vv. 3-5). Toda expressão de honra e adoração a Deus é bem-vinda em nosso louvor: canto, música instrumental, até mesmo danças (v. 4). A dança mencionada aqui, é claro, não é a dança de salão ou piruetas desenfreadas. Era a dança interpretativa que focava a atenção em Deus, e não no intérprete. Deus não limita nossa expressão de louvor ao seu nome. Por que as igrejas não podem exibir pinturas ou esculturas que exaltam o Senhor e conduzem nosso coração ao louvor? Onde é dada a oportunidade para peças teatrais ou até mesmo danças expressivas adequadas oferecidas como um sacrifício de louvor ao Senhor? Se Deus se agrada dessas expressões, por que elas não nos agradam? Limitamos os instrumentos musicais que podem ser usados na adoração, ou os estilos musicais que os músicos cristãos podem oferecer ao Senhor? Não estou sugerindo que devemos abrir as portas de um culto de adoração para qualquer pessoa ou qualquer coisa. Toda canção e todo intérprete devem ser apresentados como uma expressão humilde de adoração ao Senhor e encorajamento para o corpo de Cristo. O que estou sugerindo é que devemos dar ao Espírito Santo a oportunidade de ampliar os horizontes de nosso louvor. Estou sugerindo – porque o salmo 150 ordena – que, de vez em quando, façamos um pouco de barulho. Adoração e louvor a Deus não são atividades restritas apenas às igrejas ou até mesmo a esta vida. O salmo 150 chama aqueles no magnífico firmamento de Deus a louvarem o Senhor. No salmo 148, entre os chamados a adorar estão os anjos. Quando nos levantamos para cantar na igreja no domingo, nós nos unimos aos anjos e a todos os habitantes remidos dos céus para o louvor do Senhor. Pode haver somente alguns de nós reunidos na terra, mas, se você levantar os olhos da fé, verá uma grande companhia junto com você no louvor. Portanto, não fique apenas em pé ali: cante, anime-se, louve o Senhor. Enquanto há fôlego, nós louvamos” (Douglas Connelly – Guia fácil para Entender os Salmos – Thomas Nelson).

Pe. João Bosco Vieira Leite