(1Ts 4,13-18; Sl 95[96]; Lc 4,16-30)
22ª Semana do Tempo
Comum.
“Se Jesus morreu e
ressuscitou – e esta é nossa fé -, de modo semelhante Deus trará de volta, com
Cristo, os que através dele entraram no sono da morte” (1Ts 4,14).
“A certeza da
ressurreição de Cristo era a pedra angular da profissão de fé dos primeiros
cristãos. Paulo chegou a afirmar, com toda clareza, que ‘se Cristo não tivesse
ressuscitado, vã seria nossa fé, e ainda estaríamos em nossos pecados’. Esta
certeza já se encontra na Primeira Carta aos Tessalonicenses. Nesta ocasião,
Paulo se vale da ressurreição de Cristo para dela deduzir uma consequência
muito importante, sobre o destino dos mortos. No trabalho de a luz da
ressurreição sobre todos os ângulos da vida humana, ainda faltava esclarecer um
capítulo importante: Que será de nós depois da morte? Pelo visto, a pergunta
estava angustiando. Paulo faz questão de dirimir as dúvidas. Isto requeria
ampliar a compreensão do mistério de Cristo e perceber melhor nossa vinculação
com Ele. Pois Jesus Cristo, passando pela morte e chegando à ressurreição, não
tinha feito uma proeza individual, que interessava só a Ele. Mas tinha tomado
sobre si o peso de toda a humanidade. De tal modo que Ele estava agindo em nome
de todos. Daí a conclusão de Paulo, endereçada a todos que queriam saber qual o
destino dos mortos. Seria o mesmo destino do Cristo Ressuscitado: ele foi à
nossa frente, e nos abriu o caminho da eternidade por seu mistério pascal. A
insistência na ressurreição de Cristo marca toda a evangelização de Paulo nas
comunidades por onde passava. Na Carta aos Romanos esclarece que ‘por um homem
veio a morte, e por um homem, o Cristo Jesus, veio a ressurreição dos mortos’.
Aos coríntios declara abertamente que ‘se Cristo não estivesse ressuscitado, vã
seria nossa fé’. Tal a importância da ressurreição de Cristo. Por ela ficamos
tranquilos quanto ao nosso destino após a morte: estaremos com Cristo
Ressuscitado. –Senhor Jesus, cremos na vossa ressurreição, e esperamos ser
associados a ela por toda a eternidade. Amém!” (Dom Luís Demétrio
Valentini – Meditações para o dia a dia [2015] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite
