Terça, 5 de julho de 2016

(Os 8,4-7.11-13; Sl 113B[115]; Mt 9,32-38) 
14ª Semana do Tempo Comum.

Saltamos, em nossa leitura de Oséias, para a segunda parte do livro, nesta aparece a condenação do pecado de Israel e o convite à conversão. O que está por trás do nosso texto: a separação do reino do Norte é condenada por separar-se da casa real de Davi, elegendo reis não pertencentes à estirpe escolhida por Deus. Uma crítica também ao sincretismo religioso e a vivência da idolatria. O texto lembra que as ações humanas nunca ficam sem consequências, embora pareçam impunes. É contra os idólatras que a palavra se dirige com promessas de castigo, pois a ira do Senhor que aqui se revela, brota do seu amor.

Mateus encerra sua narrativa dos milagres de Jesus. A cura do homem mudo e possuído pelo demônio tem um caráter também simbólico. Jesus realiza tudo aquilo que o profeta Isaias havia dito do Messias, mas os chefes do judaísmo são incapazes de reconhecer. Jesus aqui não entra em debate com os que não creem, apenas contempla uma multidão cansada e nos convida a rezar pelos missionários do evangelho. “Certamente também nós somos chamados a ter parte neste desígnio, e os talentos humanos devem frutificar ao serviço do Reino, ao compromisso missionário, mas não a ponto de se tornarem objeto de idolatria. O próprio Senhor providenciará pela Sua messe, se nós nos abrirmos a Ele com confiança, com a oração insistente” (“Lecionário Comentado” – Giuseppe Casarin – Paulus). 


Pe. João Bosco Vieira Leite