(Os 10,1-3.7-8.12; Sl 104[105]; Mt 10,1-7)
14ª Semana do Tempo Comum.
A imagem da videira, aqui explorada por
Oséias, também aparece em outros profetas. Aqui ela é símbolo de prosperidade e
tudo indica que quanto mais prosperava, mais altares eram erguidos não só ao
Senhor. O que seria multiplicação aparece como divisão. Não obedecem a Deus nem
ao rei. Eis que o velho pecado de infidelidade e idolatria retorna tanto quanto
o castigo divino. Um grito de desespero clama por cair na mão de Deus e
não dos inimigos. Que caminho lhe resta se não voltar ao Senhor?
Entramos no capítulo décimo de Mateus
conhecido como o segundo grande discurso de Jesus, desta vez voltado para a
missão dos seus discípulos. Certamente uma coletânea de ensinamentos de Jesus
colocados num mesmo espaço, uma vez que os encontramos em Marcos e Lucas num
outro contexto. Num primeiro plano estão os doze escolhidos, que representam os
discípulos de todos os tempos, particularmente as lideranças apostólicas. Neles
o agir como o de Jesus prolonga Sua presença entre nós. “Hoje em dia, precisaríamos,
na Igreja, dessa arte de Jesus de unir numa missão comum pessoas das mais
diversas tendências políticas e sociais, uma vez que os diversos movimentos
trabalham mais um contra o outro que em conjunto” (Anselm Grun, “Jesus mestre
da salvação”).
Pe. João Bosco Vieira Leite