Segunda, 25 de julho de 2016

(2Cor 4,7-15; Sl 125[126]; Mt 20,20-28) 
São Tiago Maior.

Nessa festa do apóstolo Tiago a liturgia nos oferece como ponto de partida essa reflexão do Apóstolo Paulo que reconhece a própria fragilidade e nessa repousa o poder extraordinário de Deus: “pela graça de Deus eu sou quem sou”. Certamente a liturgia pensa na missão evangelizadora de Tiago, chamado com seu irmão João a deixar a barca, o pai e segui-lo, pensa nas dificuldades que se fizeram sentir, na comunhão com os sofrimentos de Cristo, mas pensa naqueles por quem e para quem Deus os enviou. O evangelho nos recorda quando sua mãe intercede junto a Cristo pelos filhos sem se dar conta exatamente do que estava pedindo. “De Tiago, portanto, podemos apreender muitas coisas: a sua prontidão de receber o chamado do Senhor, inclusive quando nos pede para abandonar o ‘barco’ de nossas inseguranças humanas; o entusiasmo em segui-lo pelos caminhos que Ele nos indica para além de nossa ilusória presunção; a disponibilidade para ser sua testemunha com valentia, se necessário até o sacrifício supremo da vida. Assim, Tiago maior constitui para nós um exemplo eloquente de generosa adesão a Cristo. Ele, que no início havia pedido, por meio de sua mãe, sentar-se com seu irmão junto ao Mestre em seu reino, foi o primeiro que bebeu o cálice da paixão, que compartilhou com os apóstolos o martírio. E, por último, podemos concluir que o caminho, não só exterior, mas especialmente interior, do monte da transfiguração até o monte da agonia, simboliza toda a peregrinação da vida cristã, entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus, como diz o Concílio Vaticano II. Seguindo Jesus como Tiago, sabemos que, mesmo nas dificuldades, estamos no caminho correto” (Bento XVI – Os Apóstolos e os primeiros discípulos de Cristo – Planeta).

Pe. João Bosco Vieira Leite