(Mq 6,1-4.6-8; Sl 49[50]; Mt 12,38-42)
16ª Semana do Tempo Comum
Hoje e amanhã acompanharemos textos do
profeta Miquéias. Seu livro é composto por sete capítulos. Miquéias testemunha
e intervém em meio a uma ordem social em crise devido a corrupção espalhada e a
um exercício do poder profundamente injusto que atinge gravemente as camadas
mais débeis: os poderosos apossam-se dos campos e das casas e todos os que
deveriam condenar a injustiça (juízes, profetas, sacerdotes) ou se calam ou se
tornam cúmplices dos abusos. A palavra do profeta é franca e forte de acusação
contra tudo isso. O texto de hoje denuncia as raízes de tais malvadezas: a
infidelidade religiosa de Jacó e de Judá.
Os fariseus pedem a Jesus um sinal para
crerem n’Ele. Jesus sabe que nenhum sinal será suficiente para que eles
acreditem. Jesus se refere ao episódio de Jonas e da rainha de Sabá e assim o
evangelista evidencia a incredulidade humana, até mesmo daqueles que se
consideram sábios e religiosos. Essa realidade tem seus acentos em todos os
tempos. Rezando esse texto e recordando de outras passagens, poderíamos dizer
que a fé independe dos sinais, assim como os sinais pouco acrescentam à fé de
qualquer pessoa. A verdadeira conversão é o melhor sinal de uma fé viva e
forte.
Pe. João Bosco Vieira Leite