Segunda, 18 de julho de 2016

(Mq 6,1-4.6-8; Sl 49[50]; Mt 12,38-42) 
16ª Semana do Tempo Comum

Hoje e amanhã acompanharemos textos do profeta Miquéias. Seu livro é composto por sete capítulos. Miquéias testemunha e intervém em meio a uma ordem social em crise devido a corrupção espalhada e a um exercício do poder profundamente injusto que atinge gravemente as camadas mais débeis: os poderosos apossam-se dos campos e das casas e todos os que deveriam condenar a injustiça (juízes, profetas, sacerdotes) ou se calam ou se tornam cúmplices dos abusos. A palavra do profeta é franca e forte de acusação contra tudo isso. O texto de hoje denuncia as raízes de tais malvadezas: a infidelidade religiosa de Jacó e de Judá.

Os fariseus pedem a Jesus um sinal para crerem n’Ele. Jesus sabe que nenhum sinal será suficiente para que eles acreditem. Jesus se refere ao episódio de Jonas e da rainha de Sabá e assim o evangelista evidencia a incredulidade humana, até mesmo daqueles que se consideram sábios e religiosos. Essa realidade tem seus acentos em todos os tempos. Rezando esse texto e recordando de outras passagens, poderíamos dizer que a fé independe dos sinais, assim como os sinais pouco acrescentam à fé de qualquer pessoa. A verdadeira conversão é o melhor sinal de uma fé viva e forte.



Pe. João Bosco Vieira Leite