(Eclo 44,1.10-15; Sl 131[132]; Mt 13,16-17)
São Joaquim e Santa Ana, pais
de Maria.
A liturgia dá especial atenção e reverência
aqueles que geraram Virgem Maria. Ainda que o conhecimento nos venha de um
texto não reconhecido pela Igreja, reconhecemos que toda vida que vem a esse
mundo não só tem sua origem em Deus, mas ela é também resultado do cuidado humano,
daí o elogio aos antepassados que nos é proposto na primeira leitura. Mas não
nos perdemos na simples recordação, pois contemplamos o presente com tudo que
de magnífico ele contém. Assim Jesus desperta os seus ouvintes para a graça que
Deus lhes concedeu de ver o ouvir o próprio Filho de Deus, despertando-nos
certa inveja de tal experiência.
“’Pelos frutos conhecereis a árvore’,
diz Jesus no Evangelho. E talvez pensasse, nesse momento, nos dois santos avós.
Conhecemos o fruto de seu amor, a Virgem Imaculada, santificada desde o
primeiro momento no seio materno, portanto, um fruto não deteriorado pelo
pecado original; a ‘cheia de graça’, que tão só pela sua presença santificou o
Batista no seio de Isabel. E uma vez que Maria, ‘termo fixo do eterno conselho’,
como diz Dante, é ‘aquela que a natureza humana enobrece’, pode bem se dizer
mediadora da graça sobretudo para seus privilegiados pais” (Mario Sgarbosa –Os
Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite