(Is 1,10-17; Sl 49[50]; Mt 10,34—11,1)
São Bento, abade e pai dos
monges.
Depois de relatarmos a vocação do
profeta, retroagimos ao início de sua missão e sua pregação. No texto de hoje
ele dirige um oráculo sobre a relação culto e justiça. O culto se apresenta
viciado, pois a injustiça é constantemente praticada. Mas o profeta deixa claro
que Deus nunca rejeita, atrai e oferece alternativa.
Chegamos ao final do discurso da missão
e, segundo Mateus, o discípulo leva consigo não só a paz, mas também a
separação (espada). Aparece aqui o contexto do seguimento a partir daquilo que
meditamos em Lucas no 13º Domingo Comum com relação à decisão tomada e dedica
uma palavra à todos quanto acolherem aqueles que são enviados. “A palavra de
Deus que anunciamos é como uma espada de dois gumes: ela divide os pensamentos
dentro de nós. Ela separa os nossos pensamentos de perdição dos pensamentos de
salvação. A palavra exige decisão: não uma palavra descompromissada que pode
ser ouvida e desfrutada. Por meio de nosso anúncio, a palavra de Deus quer
penetrar no coração dos homens, para separar os pensamentos que trazem vida dos
outros que prejudicam o ser humano. A palavra do anúncio pretende conclamar os
homens a se decidir a favor de Deus, distanciando-se de tudo que é antidivino”
(Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”).
Pe. João Bosco Vieira Leite