Sexta, 22 de julho de 2016

(Ct 3,1-4; Sl 62[63]; Jo 20,1-2.11-18) 
Santa Maria Madalena, discípula de Jesus.

Nesse dia fazemos uma particular memória de Maria Madalena, que teve um papel especial no seguimento e na expansão do evangelho. Por isso a liturgia coloca dois textos que se encontram no amor que provocou o seguimento e a constante busca que faz parte do processo da fé. Depois a encontraremos com o ressuscitado, no evangelho, como a primeira a encontra-lo e enviada a divulgar essa boa nova. “A história de amor entre Deus e os homens chega ao seu término na ressurreição. É o que sugere João no encontro de Jesus com Maria de Mágdala. As primeiras palavras do versículo aludem ao Cântico dos Cânticos: ‘... ao alvorecer, enquanto ainda estava escuro...’ (20,1). Ainda é noite quando a noiva se levanta para procurar aquele que sua alma ama (cf. Ct 3,1). Maria de Mágdala é a grande amante. O amor faz com que vá ao sepulcro, não para ungir o corpo, mas para estar com ele. Ela procura aquele que sua alma ama. Já que não pode encontrar o amado vivo, quer pelo menos abraçar o seu corpo morto. Ela nunca se refere ao cadáver, mas diz três vezes que levaram o seu senhor. Isso não é apenas uma expressão para dizer que o corpo de Jesus não está mais no túmulo, é também uma imagem que significa: na morte tiraram de mim aquele que minha alma ama. Quem, à maneira de Maria de Mágdala, não esmorece em seu amor, pondo-se a caminho para procurar Jesus, haverá de encontra-lo. Mas antes disso são necessárias as lágrimas da tristeza em que se exprime a saudade do amado. Igualmente necessária é a conversão” (Anselm Grun –Jesus: Porta para a Vida – Loyola).
  

Pe. João Bosco Vieira Leite