(Jr 18,1-6; Sl 145[146]; Mt 13,47-53)
17ª Semana do Tempo Comum.
Esta bela imagem do vaso que é
constantemente remodelado pelas mãos do oleiro e que no texto se aplica ao
povo, a espiritualidade cristã a trouxe para o mundo pessoas daqueles que no
reconhecimento de suas limitações pede o Senhor que os refaça. Quem melhor
poderia nos reconduzir a originalidade desejada se não Aquele que nos criou e
que bem conhece o ‘barro’ de que somos feitos? Deus é aquele capaz de não só
refazer ou recuperar, mas também de servir-se de nossas imperfeições para fazer
Sua vontade acontecer.
Chegamos à última parábola da sequência
comparativa de Mateus, numa parábola que também só encontramos em seu
evangelho: “É uma parábola do juízo. A rede é uma imagem da Igreja em que são
presos peixes bons e ruins. Mas, assim como os pescadores separam os bons peixes
dos ruins, os anjos de Deus procederão no fim do mundo com os homens. É uma
parábola de advertência que incentiva os cristãos a fazer tudo para pertencer
aos peixes bons. Depende da opção deles pelo bem. Com a imagem do juízo, Mateus
não pretende confrontar-nos com a imagem do Deus punidor, ele apenas quer
chamar a atenção para as consequências acarretadas pelo nosso próprio
comportamento. Fazer parte dos peixes bons depende também de nosso esforço e de
nossa resposta à palavra de Jesus” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”-
Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite