Quinta, 28 de julho de 2016

(Jr 18,1-6; Sl 145[146]; Mt 13,47-53) 
17ª Semana do Tempo Comum.

Esta bela imagem do vaso que é constantemente remodelado pelas mãos do oleiro e que no texto se aplica ao povo, a espiritualidade cristã a trouxe para o mundo pessoas daqueles que no reconhecimento de suas limitações pede o Senhor que os refaça. Quem melhor poderia nos reconduzir a originalidade desejada se não Aquele que nos criou e que bem conhece o ‘barro’ de que somos feitos? Deus é aquele capaz de não só refazer ou recuperar, mas também de servir-se de nossas imperfeições para fazer Sua vontade acontecer.

Chegamos à última parábola da sequência comparativa de Mateus, numa parábola que também só encontramos em seu evangelho: “É uma parábola do juízo. A rede é uma imagem da Igreja em que são presos peixes bons e ruins. Mas, assim como os pescadores separam os bons peixes dos ruins, os anjos de Deus procederão no fim do mundo com os homens. É uma parábola de advertência que incentiva os cristãos a fazer tudo para pertencer aos peixes bons. Depende da opção deles pelo bem. Com a imagem do juízo, Mateus não pretende confrontar-nos com a imagem do Deus punidor, ele apenas quer chamar a atenção para as consequências acarretadas pelo nosso próprio comportamento. Fazer parte dos peixes bons depende também de nosso esforço e de nossa resposta à palavra de Jesus” (Anselm Grun, “Jesus mestre da salvação”- Loyola). 


Pe. João Bosco Vieira Leite