(Ne 2,1-8; Sl 136[137]; Lc
9,57-62)
São Jerônimo, presbítero.
Hoje e amanhã ouviremos (ou leremos) dois trechos do livro
de Neemias, um leigo, um político da classe alta da corte de Artaxerxes, rei da
Pérsia, o qual lhe permitiu, na primavera de 445 a.C., regressar a Jerusalém
para reconstruir os muros da cidade e reorganizar a vida civil e religiosa. No
texto de hoje aparece sua confiança a Deus, a quem reza, enquanto apresenta seu
pedido.
Jesus deixa transparecer a exigência do chamado através de
três situações, na primeira, para segui-lo, é preciso aceitar a realidade da
confiança na providência, no segundo, não dá para protelar o seguimento, Cristo
é a vida nova que se nos apresenta, rejeitá-lo é estar morto; em terceiro
aparece a imagem do arado, esse frágil instrumento de arar a terra. Qualquer
movimento de desatenção poderia danificá-lo. É preciso estar atento para viver
a dinâmica do Reino e avançar sempre.
Podemos pedir uma confiança maior ao Senhor nesse dia, para
que nossa oração alcance o seu coração. Que ele nos dê não só a coragem para o
seguimento, mas o discernimento necessário para saber permanecer no que nos
propomos.
Pe. João Bosco Vieira Leite